Autoridades de saúde da Áustria identificaram um caso de gonorreia super resistente a medicamentos. Um homem de aproximadamente 50 anos foi infectado durante uma relação sexual sem proteção com uma prostituta do Camboja. A transmissão ocorreu em abril, quando ele estava de férias no país do sudeste asiático.
De acordo um relatório publicado na edição deste mês da revista Eurosurveillance, o paciente, que não teve o nome revelado, apresentou alguns sintomas da Infecção Sexualmente Transmissível (IST) – ardência ao urinar e corrimento – cinco dias depois da relação sexual.
Na maioria dos casos, a gonorreia não causa sintomas e é descoberta apenas após exames de rotina. Algumas pessoas podem desenvolver incontinência urinária, inflamação das glândulas de Bartholin – responsáveis pela lubrificação da mulher, uretrite aguda, dor de garganta ou inflamação do ânus. Quando não é tratada, a gonorreia pode provocar infertilidade e doença inflamatória pélvica.
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida
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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids
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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas
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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais
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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos
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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus
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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus
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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses
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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais
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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV
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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo
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O austríaco foi medicado com antibióticos usados no tratamento padrão de gonorreia depois que exames confirmaram a doença. Embora os sintomas tenham desaparecido, testes mostraram que a infecção continuava ativa, indicando que o vírus tinha se tornado resistente aos medicamentos.
Depois disso, ele foi tratado com uma combinação de amoxicilina e ácido clavulânico por uma semana e, então, um novo teste apresentou resultado negativo.
A principal autora do relatório e integrante da Agência Austríaca de Saúde e Segurança Alimentar, Sonja Pleininger, afirmou que cepas como esta representam uma “grande ameaça global” à saúde pública caso não sejam corretamente tratadas.
“Se essas cepas conseguirem estabelecer uma transmissão sustentada, muitos casos de gonorreia podem se tornar intratáveis”, disse Sonja.
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