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HIV: quais são os tipos de teste e quando é necessário fazer?

Infectologista alerta que é necessário esperar o tempo da janela imunológica depois da relação sexual desprotegida para fazer o teste de HIV

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O uso da camisinha em todos os tipos de relações sexuais ainda é o método mais seguro para evitar as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Mas, quando acontece algum acidente, como esquecer dela na “hora H”, ou o preservativo furar ou estourar, é fundamental fazer exames para diagnosticar possíveis infecções, como a do vírus HIV.

Os testes de HIV podem ser realizados na rede pública ou privada, mas é importante saber qual fazer e o momento oportuno para não haver falha na identificação da doença. O infectologista Werciley Júnior, chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, esclarece as principais dúvidas sobre os testes.

Qual teste fazer?

Existem algumas formas de diagnóstico disponíveis no Brasil: os testes rápidos, os exames sorológicos e o teste PCR para HIV. Os testes rápidos podem ser realizados com uma única gota de sangue coletada da ponta do dedo ou através da amostra de fluido oral.

O resultado é revelado em, aproximadamente, 15 minutos e determina a presença de anticorpos anti-HIV. O exame pode ser feito por um profissional de saúde ou por meio de autoteste para o HIV, que é vendido em farmácia e a própria pessoa interpreta o resultado.

Outra opção é o exame sorológico, onde uma amostra do sangue é enviada para análise em laboratório. O resultado sai em até dois dias. O mais conhecidos dos exames laboratoriais é o ELISA, que permite detectar anticorpos específicos no sangue.

O infectologista explica que o resultado positivo implica na repetição de outros dois testes. “Caso o resultado seja positivo, é obrigatório fazer um novo teste ELISA. E mesmo que esses dois sejam positivos, eu sou obrigado a fazer um terceiro teste, o Western Blot, para saber contra quais tipos de proteínas do vírus o meu corpo produziu anticorpo”, afirma.

Há ainda o teste PCR para HIV, usado principalmente em bancos de sangue, em recém-nascidos de mães com HIV e para fazer a dosagem do vírus em uma pessoa que vai começar o tratamento contra a aids.

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas
O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais
Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo

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Quando fazer o teste de HIV?

A testagem deve ser feita sempre que houver a suspeita de infecção – após relações sexuais desprotegidas – mas deve-se esperar o tempo mínimo para a realização do exame, conhecido como janela diagnóstica, que varia de uma semana a 20 dias, a depender do tipo de teste.

Esse período corresponde ao tempo entre o contato com o vírus e a possibilidade de detecção do marcador da infecção, seja o antígeno ou os anticorpos gerados pelo corpo.

“Os testes evoluíram. Antigamente, o tempo de detecção podia demorar até 60 dias. Hoje, a média é de 15 a 20 dias. O PCR é mais eficaz e consegue identificar a presença do patógeno em cinco a sete dias”, esclarece o infectologista.

As pessoas que têm o hábito de fazer sexo desprotegido devem repetir os testes periodicamente, a cada quatro meses.

Onde fazer?

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente os testes para diagnóstico do HIV. A população deve procurar uma das unidades básicas de saúde da rede pública ou os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), onde os exames podem ser feitos de forma anônima.

Deu positivo. E agora?

Todos os métodos de diagnóstico podem ter resultado falso positivo. De acordo com o infectologista, medicamentos e até mesmo outras infecções podem interferir no resultado dos testes. Por isso, o paciente deve repetir os exames para ter a confirmação da infecção. O resultado de um teste rápido precisa ser confirmado com outro exame de um laboratório diferente e de outra metodologia.

Werciley Júnior entende que receber o diagnóstico final positivo para o vírus HIV é difícil para o paciente, porém, lembra que a evolução do tratamento possibilita que ele tenha um controle excelente da doença, com qualidade de vida semelhante à de pessoas saudáveis.

“Ao saber do diagnóstico positivo, temos primeiro que confirmá-lo e acalmar o paciente, porque hoje não é mais uma um certidão de óbito. As pessoas precisam se cuidar para ter uma boa resposta clínica”, conclui.

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