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FIV: casal sai de Angola para realizar o sonho de engravidar no Brasil

Katiana e Veloso realizaram o sonho de serem pais por meio da fertilização in vitro (FIV). Eles viajaram da Angola para o Brasil

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de mulher em pé enquantoi segura dois filhos no colo - Metrópoles - Foto: Arquivo Pessoal

Após uma longa jornada de luta contra a infertilidade, o casal angolano Katiana Ferreira Bartolomeu, 35, e Veloso Guilherme, 37, celebra o sucesso do tratamento de fertilização in vitro (FIV) que realizou em uma viagem ao Brasil.

Os dois tentavam ter filhos desde 2018, quando Katiana foi diagnosticada com obstrução total de uma trompa e o afinamento da outra, condições que impossibilitam a gravidez de forma natural.

“As trompas de falópio são como tubinhos que conectam o útero aos ovários. Quando eles estão bloqueados, é chamado de obstrução total das trompas. Isso pode acontecer por causa de infecções, endometriose ou cirurgias anteriores”, explica o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, diretor da Clínica Mãe, em São Paulo.

O médico acrescenta que se as trompas estiverem obstruídas, pode ser necessário recorrer à FIV para a gravidez. No procedimento, o embrião é formado em laboratório e colocado no útero.

“O diagnóstico foi frustrante, mas meu médico em Angola falou sobre a possibilidade de ir ao Brasil e tentar a FIV. Não pensamos duas vezes. Só que não foi barato arrecadar o dinheiro para viajar, realizar o tratamento e me tornar mãe. Vendemos um apartamento e dois terrenos, além de fazer empréstimo no banco. Mas se quer saber, eu faria tudo de novo”, conta Katiana.

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Ela não conseguia engravidar com o método natural
A fertilização in vitro (FIV) a ajudou
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Katiana viajou de Angola para o Brasil

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Ela não conseguia engravidar com o método natural

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A fertilização in vitro (FIV) a ajudou

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O casal veio para o Brasil em 2019. “Naquela ocasião, fizemos duas tentativas. Não tivemos sucesso a primeira, mas a segunda gerou quatro embriões. Porém, por conta da pandemia, não foi possível fazer a transferência. Eles foram congelados e nós esperamos o momento mais seguro para dar continuidade ao processo”, lembra Katiana.

Veloso explica que o casal tinha limitações financeiras para permanecer no Brasil, principalmente durante a pandemia. Diante do cenário, eles precisaram adiar o sonho e retornar à Angola. Em 2022, os dois voltaram para o Brasil e conseguiram dar continuidade ao tratamento da FIV.

FIV deu certo

O resultado positivo foi constatado no Natal do mesmo ano. No entanto, a gravidez de Katiana não foi fácil: ela teve sangramentos e necessidade de repouso devido a alguns miomas. Ainda assim, o sonho do casal se realizou com o nascimento dos gêmeos Glória Maria e Davi em 2023.

“Para mim, foi uma vitória ver o nascimento dos bebês. Valeu a pena o esforço, o sacrifício. É um sentimento sem igual. Creio que contar nossa história vai motivar alguns casais. Sou referência para muita gente em Angola que acompanhou as minhas vindas, as lutas, os sacrifícios”, conta Katiana.

O casal ainda não retornou a Angola, mas está de malas prontas para viajar no próximo dia 16.

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