1 de 1 Foto colorida de pessoa tendo um infarto
- Foto: Pixabay/Reprodução
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que, somente em 2022, já morreram mais de 300 mil pessoas em decorrência de doenças cardiovasculares no Brasil — as condições que afetam o coração são as principais culpadas pelos óbitos registrados em geral no país.
Com o objetivo de diminuir este número, uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (InCor), em São Paulo, revelou que alguns fatores de risco modificáveis estão diretamente relacionados com o número de mortes por doenças cardiovasculares. Foram coletadas informações entre 2005 e 2017 em 26 estados para chegar às conclusões.
A hiperglicemia, excesso de açúcar no sangue, por exemplo, foi o principal fator associado às chances de desenvolver as condições e a incidência do problema aumentou 9,5% no período analisado. A associação entre a alta glicose no sangue e mortalidade por doença cardiovascular foi de cinco a 10 vezes maior do que a encontrada para os outros fatores de risco, especialmente entre mulheres.
Os pesquisadores utilizaram informações de bancos como o Global Health Data Exchange (GHDx), o Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), além de dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito
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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
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Nos 12 anos de observação, os óbitos totais diminuíram 21,42%, e o único fator de risco que acompanhou essa queda foi o tabagismo, que caiu 33%. As campanhas nacionais de conscientização, somadas às leis antifumo aplicadas por todo o país, podem ajudar a explicar a prevenção ou adiamento de quase 20 mil mortes no período. Já a obesidade cresceu mais 31% e o colesterol alto, cerca de 5,2%.
O aumento da hiperglicemia resultou em mais de 6 mil mortes por doenças cardiovasculares e sua prevenção está relacionada com a qualidade da alimentação e prática regular de exercícios físicos. Estilos de vida que não priorizam alimentos in natura e dieta rica em nutrientes tendem a ter aumento de taxas de açúcar no sangue, situação associada ao diabetes tipo 2.
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