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“Hesitação vacinal pode se tornar problema grave”, diz Claudio Maierovitch

Sanitarista afirmou, durante webinar, que dúvidas sobre a importância das vacinas complicam cenário nacional de saúde

atualizado

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Claudio Maierovitch
1 de 1 Claudio Maierovitch - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O sanitarista Claudio Maierovich, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou que a hesitação vacinal no Brasil pode se tornar um problema ainda mais grave depois da pandemia.

Segundo Maierovich, que já dirigiu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a queda na cobertura vacinal é um fenômeno que vem sendo verificado desde 2015, e se torna cada vez mais urgente revertê-la.

“Não acho que teremos grandes mudanças este ano, estamos focados no coronavírus. Acho que a dúvida sobre tomar os imunizantes ou não pode crescer se não fizermos o que precisamos. É necessário uma comunicação melhor com a população, apostar em campanhas”, afirmou o especialista, durante webinar organizado pela revista The Economist transmitido nesta quinta-feira (30/9).

Para ele, a falta de confiança nos imunizantes vem crescendo principalmente durante a pandemia e com a popularização de fake news.

Diagnóstico

Uma pesquisa realizada pela The Economist mostra que a hesitação vacinal vem aumentando no Brasil desde 2016, mesmo ano em que o país precisou lidar com um surto de sarampo.

“Entre as principais razões para a queda da cobertura vacinal, estão: desconhecimento da importância da vacinação, hesitação vacinal, fake news sobre os supostos danos das vacinas para a saúde, parcial escassez de alguns produtos e problemas operacionais com a execução da vacinação, variando de gravação de dados inadequada a difícil acesso às unidades de saúde”, diz o relatório.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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Também entre os participantes do seminário, o diretor-executivo de Ciências Globais de Saúde da Universidade da Califórnia São Francisco, Jaime Sepúlveda, lembrou que a América Latina, em geral, tem vivido anos sem lideranças fortes a favor da vacina. “É essencial ter líderes fortes. Estamos andando para trás”, afirmou.

Tentando reverter esse cenário, nesta quinta (30/9), o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Multivacinação para crianças e adolescentes até 15 anos de idade. A ação vai até o dia 29/10 e pretende completar a caderneta de vacinação deste público. Serão oferecidos 18 imunizantes em 45 mil postos de saúde no país.

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