1 de 1 David Luiz Flamengo
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O zagueiro David Luiz, do Flamengo, foi substituído no intervalo da partida contra o São Paulo, na quarta-feira (24/8), devido a uma hepatite viral. A doença infecciosa pode ser causada pelos vírus A, B, C, D ou E, ou mesmo ser consequência de outras viroses que provocam inflamação no fígado.
Ao sair do campo, o esportista afirmou estar com um “probleminha sério”. Em comunicado nesta quinta (25/8), o Flamengo anunciou que o zagueiro já havia passado mal antes do jogo, apresentando cansaço, além de ter dormido mal. Como existem vários tipos e formas diferentes de transmissão, o clube irá realizar exames para investigar qual o caso do jogador e, assim, realizar o tratamento adequado.
“No caso dos vírus que causam as hepatites virais, eles têm o fígado como o principal alvo de sua ação e são muito diversos, tendo características e mecanismos de transmissão muito diferentes uns dos outros”, explica o médico infectologista David Urbaez, do grupo Exame Medicina Diagnóstica.
Mais comuns
As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C, sendo que existe vacina para os dois primeiros tipos. As hepatites B ou C podem se tornar crônicas e resultar em complicações como fibrose, cirrose e até mesmo câncer no fígado. Os vírus das hepatites D e E são mais raros no Brasil, mas existem casos registrados no Norte do país.
“A heptatite A geralmente é benigna e autolimitada, ou seja, vai embora com o tempo, em vez de evoluir para casos crônicos, como nos tipos B e C. Ela é contraída quando há contato com água ou alimentos contaminados com fezes. Durante a fase aguda, apresenta sintomas como fadiga, icterícia (pele amarelada), febre e náuseas”, afirma o infectologista Alexandre Cunha, do Hospital Sírio Libanês.
Cunha acredita que, pelos sintomas relatados, esse é o caso do zagueiro do Flamengo, apesar de não ter tido acesso ao diagnóstico médico do atleta.
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A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, uso excessivo de medicamentos ou consumo de bebida alcoólica. Existem cinco tipos de hepatite: A, B, C, D e E. No entanto, no Brasil, os tipos A, B e C são os mais comuns
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A hepatite A é causada por um vírus que pode ser transmitido pelo ato sexual ou pelo consumo de água e alimentos contaminados. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais
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Não há tratamento específico para a hepatite A, por isso, deve-se evitar a automedicação. Apesar disso, existe vacina eficaz contra a doença. Entre os principais sintomas dessa tipagem estão: náusea sem motivo aparente, febre baixa, perda de apetite, dor abdominal e fadiga
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A hepatite B também é causada por um vírus e pode ser transmitida por compartilhamento de objetos pessoais, ao realizar tatuagens e procedimentos cirúrgicos sem a devida higiene, durante relação sexual, entre outros. Entre os principais sintomas estão: amarelamento dos olhos, dor abdominal e urina escura
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Já na hepatite B, o fígado pode apresentar um quadro de inflamação persistente e há risco de a doença evoluir para cirrose hepática. Ela pode ser identificada através de exames laboratoriais. Na maioria dos casos, pode ser tratada com medicamentos antivirais que impedem a multiplicação do vírus e retardam ou melhoram a evolução da doença
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A hepatite C, também causada por vírus, tem meio de transmissão semelhante a hepatite B. Contudo, a hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos e há tratamento disponível com medicamentos por via oral. Entre os sintomas estão fadiga, perda do apetite, náuseas, amarelamento dos olhos ou pele
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A hepatite D, também conhecida como hepatite Delta, é causada pelo vírus HDV (Vírus RNA, que precisa do vírus causador da hepatite B para que a infecção ocorra). Está presente no sangue e secreções e pode ser transmitido assim como no caso das hepatites B e C
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A hepatite D pode causar dores abdominais, cansaço e náuseas. O diagnóstico da doença deve ser feito através de exames clínicos e epidemiológicos
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A hepatite E, causada pela vírus VHE, é transmitida por via fecal-oral, ou seja, pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Na maioria dos casos, essa versão da doença tem cura. Os sintomas incluem falta de apetite, náuseas e amarelamento da pele. Em casos raros, a doença pode progredir para insuficiência hepática aguda
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Independentemente da vacina, indicada para todos os casos, algumas recomendações são fundamentais para a prevenção das hepatites virais. São elas: lavar as mãos após a utilização de sanitários, lavar alimentos com água tratada, clorada ou fervida, cozinhar bem os alimentos e não tomar banho em água não tratada ou próxima a esgotos
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Além disso, utilizar preservativos, não compartilhar seringas ou materiais de uso pessoal e certificar-se de que protocolos de biossegurança são cumpridos antes de submeter-se a tatuagens, piercings, tratamentos odontológicos e procedimentos cirúrgicos pode ajudar a evitar a doença
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Além dessas, existe ainda a hepatite alcoólica, causada pelo consumo abusivo e prolongado de álcool. A hepatite medicamentosa, que causa inflamação no fígado após uso indiscriminado de medicamentos, e a Esteato-hepatite, por exemplo, que surge devido ao acúmulo de gordura no fígado
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Em casos mais leves, a doença pode desaparecer sozinha. Mas em certas tipagens é necessário o uso de medicamentos antivirais ou outros cuidados específicos
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Recentemente, diversas crianças com idades entre um mês e 16 anos foram diagnosticadas com hepatite aguda em países da Europa e nos EUA. A gravidade da doença levou 17 crianças a passarem por transplantes de fígado e uma delas morreu
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Os misteriosos casos de inflamação grave do fígado ainda não têm causa definida, mas evidências apontam para a infecção pelo adenovírus 41F
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Os sintomas mais comuns da hepatites virais são:
cansaço;
febre;
mal-estar;
tontura;
enjoo;
vômitos;
dor abdominal;
pele e olhos amarelados;
urina escura;
fezes claras.
Tratamento
A possibilidade de tratamento varia de acordo com o subtipo da doença infecciosa. No caso da hepatite A, não existem medicamentos específicos, há apenas medicamentos para reduzir os sintomas. Nos tipos B e C, o tratamento é feito com antivirais próprios para a condição.
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