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Hepatite aguda misteriosa: saiba como proteger as crianças

Ao menos 348 crianças de 20 países precisaram de cuidados médicos após apresentarem sintomas de inflação do fígado

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Criança lavando as mãos
1 de 1 Criança lavando as mãos - Foto: Getty Images

Há um mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora um surto misterioso de hepatite aguda grave em crianças. Até essa quarta-feira (11/5), 348 casos foram notificados às autoridades de 20 países e seguem em investigação — 16 deles estão no Brasil.

A hepatite é uma inflamação do fígado, geralmente provocada pelos vírus dos tipos A, B, C, D e E ou pelo consumo de água e alimentos contaminados, intoxicação medicamentosa ou alcoólica. Quando a inflamação ocorre rápida e abruptamente, ela é classificada como aguda.

Porém, o que intriga os médicos é que exames de sangue e biópsias do fígado de crianças do Reino Unido descartaram as causas mais comuns da doença. As principais hipóteses agora giram em torno de uma infecção por adenovírus ou pelo próprio coronavírus, que teriam desencadeado a hepatite.

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A hepatite A é causada por um vírus que pode ser transmitido pelo ato sexual ou pelo consumo de água e alimentos contaminados. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais
Não há tratamento específico para a hepatite A, por isso, deve-se evitar a automedicação. Apesar disso, existe vacina eficaz contra a doença. Entre os principais sintomas dessa tipagem estão: náusea sem motivo aparente, febre baixa, perda de apetite, dor abdominal e fadiga
A hepatite B também é causada por um vírus e pode ser transmitida por compartilhamento de objetos pessoais, ao realizar tatuagens e procedimentos cirúrgicos sem a devida higiene, durante relação sexual, entre outros. Entre os principais sintomas estão: amarelamento dos olhos, dor abdominal e urina escura
Já na hepatite B, o fígado pode apresentar um quadro de inflamação persistente e há risco de a doença evoluir para cirrose hepática. Ela pode ser identificada através de exames laboratoriais. Na maioria dos casos, pode ser tratada com medicamentos antivirais que impedem a multiplicação do vírus e retardam ou melhoram a evolução da doença
A hepatite C, também causada por vírus, tem meio de transmissão semelhante a hepatite B. Contudo, a hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos e há tratamento disponível com medicamentos por via oral. Entre os sintomas estão fadiga, perda do apetite, náuseas, amarelamento dos olhos ou pele
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A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus, bactérias, uso excessivo de medicamentos ou consumo de bebida alcoólica. Existem cinco tipos de hepatite: A, B, C, D e E. No entanto, no Brasil, os tipos A, B e C são os mais comuns

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A hepatite A é causada por um vírus que pode ser transmitido pelo ato sexual ou pelo consumo de água e alimentos contaminados. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais

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Não há tratamento específico para a hepatite A, por isso, deve-se evitar a automedicação. Apesar disso, existe vacina eficaz contra a doença. Entre os principais sintomas dessa tipagem estão: náusea sem motivo aparente, febre baixa, perda de apetite, dor abdominal e fadiga

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A hepatite B também é causada por um vírus e pode ser transmitida por compartilhamento de objetos pessoais, ao realizar tatuagens e procedimentos cirúrgicos sem a devida higiene, durante relação sexual, entre outros. Entre os principais sintomas estão: amarelamento dos olhos, dor abdominal e urina escura

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Já na hepatite B, o fígado pode apresentar um quadro de inflamação persistente e há risco de a doença evoluir para cirrose hepática. Ela pode ser identificada através de exames laboratoriais. Na maioria dos casos, pode ser tratada com medicamentos antivirais que impedem a multiplicação do vírus e retardam ou melhoram a evolução da doença

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A hepatite C, também causada por vírus, tem meio de transmissão semelhante a hepatite B. Contudo, a hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos e há tratamento disponível com medicamentos por via oral. Entre os sintomas estão fadiga, perda do apetite, náuseas, amarelamento dos olhos ou pele

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A hepatite D, também conhecida como hepatite Delta, é causada pelo vírus HDV (Vírus RNA, que precisa do vírus causador da hepatite B para que a infecção ocorra). Está presente no sangue e secreções e pode ser transmitido assim como no caso das hepatites B e C

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A hepatite D pode causar dores abdominais, cansaço e náuseas. O diagnóstico da doença deve ser feito através de exames clínicos e epidemiológicos

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A hepatite E, causada pela vírus VHE, é transmitida por via fecal-oral, ou seja, pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Na maioria dos casos, essa versão da doença tem cura. Os sintomas incluem falta de apetite, náuseas e amarelamento da pele. Em casos raros, a doença pode progredir para insuficiência hepática aguda

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Independentemente da vacina, indicada para todos os casos, algumas recomendações são fundamentais para a prevenção das hepatites virais. São elas: lavar as mãos após a utilização de sanitários, lavar alimentos com água tratada, clorada ou fervida, cozinhar bem os alimentos e não tomar banho em água não tratada ou próxima a esgotos

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Além disso, utilizar preservativos, não compartilhar seringas ou materiais de uso pessoal e certificar-se de que protocolos de biossegurança são cumpridos antes de submeter-se a tatuagens, piercings, tratamentos odontológicos e procedimentos cirúrgicos pode ajudar a evitar a doença

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Além dessas, existe ainda a hepatite alcoólica, causada pelo consumo abusivo e prolongado de álcool. A hepatite medicamentosa, que causa inflamação no fígado após uso indiscriminado de medicamentos, e a Esteato-hepatite, por exemplo, que surge devido ao acúmulo de gordura no fígado

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Em casos mais leves, a doença pode desaparecer sozinha. Mas em certas tipagens é necessário o uso de medicamentos antivirais ou outros cuidados específicos

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Recentemente, diversas crianças com idades entre um mês e 16 anos foram diagnosticadas com hepatite aguda em países da Europa e nos EUA. A gravidade da doença levou 17 crianças a passarem por transplantes de fígado e uma delas morreu

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Os misteriosos casos de inflamação grave do fígado ainda não têm causa definida, mas evidências apontam para a infecção pelo adenovírus 41F

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Cuidados

Para prevenir infecções, a OMS recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar. “O mais importante é ficar atento aos sintomas e procurar atendimento médico imediatamente”, informa o médico Leandro Soares Sereno, assessor de Prevenção e Controle de Hepatites Virais da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em comunicado.

A inflamação do fígado pode ser identificada por sintomas  gastrointestinais – como diarreia ou vômito –, febre, dores musculares e icterícia, quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas.

A infectologista Ana Helena Germoglio pondera que, pela causa da condição ainda não estar definida, é difícil estabelecer um protocolo de prevenção. Ainda assim, alguns cuidados adicionais devem ser tomados, como ter cuidado com alimentos contaminados e evitar o contato de crianças e adolescentes sintomáticos com outras pessoas nas escolas e creches.

“No momento, ainda não sabemos o que está causando a hepatite. Se realmente for adenovírus, os principais cuidados são a higienização das mãos, porque ele é transmitido de uma pessoa para outra pela transmissão fecal/oral”, disse.

Embora os vírus comuns da hepatite não estejam relacionados ao surto, a médica incentiva os pais a vacinarem os filhos para protegê-los de outras doenças e eliminar suspeitas, visando facilitar o diagnóstico.

“A vacina que temos contra a hepatite A e B não protege contra essa doença, mas as crianças terão um risco menor de desenvolver outras condições associadas. É um benefício indireto”, explica a infectologista.

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