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Hemocentro otimiza transfusão de sangue para pacientes hematológicos

Tecnologia inédita no Centro-Oeste trará mais rapidez na realização de testes de compatibilidade sanguínea e segurança para as transfusões

atualizado

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Deiviane Linhares/ Especial Metrópoles
Hemocentro – placa de genotipagem (7)
1 de 1 Hemocentro – placa de genotipagem (7) - Foto: Deiviane Linhares/ Especial Metrópoles

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) desenvolveu um projeto pioneiro para tornar as transfusões de sangue de pacientes com doenças hematológicas crônicas mais seguras e rápidas.

O teste de genotipagem eritrocitária avalia as chances de combinação entre o doador e o receptor a partir da análise do DNA do paciente utilizando a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).

O exame beneficia principalmente os pacientes com doenças hematológicas crônicas, como a anemia falciforme, a hemolítica auto-imune e a talassemia, pois eles necessitam de muitas transfusões de sangue ao longo da vida.

Atualmente existem cerca de 1,3 mil pacientes com anemia falciforme no DF cadastrados no programa Web Hemoglobinopatias, do Ministério da Saúde. Desses, aproximadamente 300 recebem transfusões sanguíneas todos os meses.

A projeto de pesquisa do Laboratório de Imuno-hematologia de Pacientes (LIHP) foi iniciado em 2019 e está em fase de validação de testes. A previsão é que o equipamento necessário para o início dos serviços comece a operar em agosto de maneira contínua. Em um primeiro momento, serão atendidos os pacientes do DF e, futuramente, o serviço poderá ser estendido para estados vizinhos.

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Nova placa de genotipagem eritrocitária
Equipamento faz o detalhamento do DNA dos pacientes à partir de amostras de sangue
Tecnologia estará disponível no segundo semestre
Técnica contribuirá com tratamento de pacientes com anemia falciforme e outras doenças do sangue
Equipe da Subseção de Imuno-hematologia da Fundação Hemocentro de Brasília
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Coordenador do projeto, Diego Franciel, biomédico chefe da subseção de Imuno-hematologia do Hemocentro,

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Nova placa de genotipagem eritrocitária

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Equipamento faz o detalhamento do DNA dos pacientes à partir de amostras de sangue

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Tecnologia estará disponível no segundo semestre

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Técnica contribuirá com tratamento de pacientes com anemia falciforme e outras doenças do sangue

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Evolução da tecnologia

Os pacientes que precisam de transfusões sanguíneas regulares acabam recebendo muito sangue de pessoas diferentes e a transfusão de uma bolsa de sangue incompatível pode levar a complicações graves, como o desenvolvimento de anticorpos contra os glóbulos vermelhos (eritócitos ou hemácias).

Uma das estratégias para evitar o problema é o teste de fenotipagem eritrocitária, com o cruzamento de dados da fenotipagem (teste sorológico) do doador e do paciente. O método é utilizado há 15 anos no Hemocentro, mas tem limitações técnicas que impossibilitam a utilização para todos os pacientes, sobretudo para os casos mais complexos.

“A fenotipagem tem limitações e, muitas vezes, não conseguimos fazer o teste nos pacientes. Nesses casos, o ideal é a genotipagem, um teste mais sensível, que pesquisa o DNA do paciente”, explica o coordenador do projeto, Diego Franciel.

Atualmente, todas as amostras coletadas em Brasília que precisam passar pelo teste de genotipagem são enviadas para São Paulo, onde a análise pode levar até 30 dias para ser concluída, período em que o paciente precisa aguardar para receber a transfusão de sangue ou correr o risco de receber uma bolsa incompatível numa tentativa desesperada para salvar sua vida.

A tecnologia que está sendo incorporada no Hemocentro possibilitará a entrega do resultado no mesmo dia, dentro de um prazo de quatro a seis horas. Esses pacientes serão submetidos ao teste uma única vez para ter todo o detalhamento do DNA cadastrado no banco de dados.

A chefe da seção de laboratórios do Hemocentro, Renata Moreira, explica que a genotipagem aumenta a segurança das transfusões. “Às vezes, é difícil compatibilizar uma bolsa. Alguns pacientes no DF só recebem bolsas de sangue de uma pessoa, chamado de sangue raro. Por limitações técnicas, muitas vezes não conseguimos essa fenotipagem pelas técnicas convencionais. A genotipagem surgiu para que a gente consiga identificar os outros grupos sanguíneos através do DNA da pessoa”, diz.

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