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Halloween: ciência explica por que temos medo de monstros

Na maioria dos casos, o medo é desenvolvido na infância, quando as crianças estão em uma fase de imaginação mais aflorada

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Halloween Jack-o-Lantern Pumpkins on rustic wooden background
1 de 1 Halloween Jack-o-Lantern Pumpkins on rustic wooden background - Foto: null

Jason, Freddy Krueger, Pennywise e Chucky. Estes personagens fazem parte do imaginário de uma geração que cresceu assistindo filmes de horror. O Halloween, comemorado neste domingo (31/10), acaba se tornando uma data especialmente difícil para aqueles que não sabem como lidar com o pavor dos seres fictícios.

Mas afinal, por que alguns personagens causam tanto medo, podendo, inclusive, desencadear fobias? Por outro lado, por que tem gente que praticamente não tem esse sentimento?

A psicóloga clínica de crianças e adolescentes Penélope Ximenes, mestre em educação pela Universidade de Brasília (UnB), explica que muitos medos são desenvolvidos ainda na infância, pela construção social, lendas, folclores e conteúdos consumidos ao longo da história de aprendizagem da criança.

“É natural que as crianças tenham medo porque elas estão descobrindo o mundo. Os adultos entendem que esses elementos são puramente comerciais, mas eles mexem com o imaginário dos pequenos, porque seus processos básicos são a criação e a imaginação. Não podemos reforçar esse medo e deixar que ele vire uma coisa excessiva”, pontua Penélope.

Medo ou fobia?

O medo é uma reação fisiológica e natural do corpo a uma ameaça real. Quando nos deparamos com algo desconhecido e desconfortável como, por exemplo, maquiagens assustadoras de palhaços, não conseguimos identificar o que está por trás do monstro e sentimos pavor. Este sentimento costuma ser momentâneo, sem grandes prejuízos.

A fobia, por sua vez, é o resultado de medos descontrolados e irracionais que causam prejuízo para a vida social, profissional e familiar, impedindo a realização de atividades ou oferecendo riscos para a integridade física e mental.

“Nesses casos, os sintomas mais comuns são a palidez, suor excessivo, taquicardia, falta de ar, ataques de pânico e ansiedade, além de tremores nas extremidades do corpo e dificuldade de raciocínio. Em alguns casos, pode haver descontrole do sistema urinário e digestivo, resultando em vômito e dores de barriga, por exemplo”, explica o psicólogo Caio Stein.

Como superar a questão?

Não existe uma receita pronta para acabar com o medo ou as fobias dos personagens. Porém, existem técnicas para que o psicólogo entenda o caso e ajude o paciente a naturalizar a questão.

“Ninguém deixa de ter medo. A gente se acostuma com a situação e se permite viver sem que aquilo atrapalhe a nossa vida. Podem ser feitas aproximações sucessivas para que a pessoa consiga ficar no mesmo ambiente daquele personagem sem nenhum ataque de ansiedade, por exemplo”, conta Penélope.

A psicóloga ensina que o sistema nervoso central só funciona com adição, e não por subtração. “A gente não consegue esquecer nada. Não tem como descartar uma emoção, mas podemos viver com ela de uma forma que não seja desconfortável e não paralise”, afirma a psicóloga.

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