1 de 1 Foto mostra mulher jovem assistindo TV a noite - Metrópoles - hábitos noturnos
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Um estudo apresentado no encontro anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), que começou nesta segunda-feira (9/9), em Madri, na Espanha, sugere que as pessoas com hábitos noturnos têm maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2, ainda que mantenham um estilo de vida saudável.
Realizada por cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, a pesquisa mostrou que o horário de sono, por si só, é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, para aumentar a circunferência de cintura e para o acúmulo de gordura visceral.
O estudo comparou os exames de saúde e os hábitos de sono de 5 mil adultos com idade média de 56 anos. Os participantes preencheram questionários indicando os horários em que dormiam e despertavam e, a partir desta informação, foram divididos em três grupos: os 20% que dormiam mais cedo, os 20% que dormiam mais tarde e os 60% de horário intermediário.
Risco de diabetes era 46% maior
Os resultados foram ponderados de acordo com o estilo de vida dos participantes: frequência de atividade física, qualidade da dieta, ingestão de álcool, tabagismo e duração do sono.
Mesmo em grupos de estilo de vida semelhante, como as pessoas que se exercitavam com regularidade e comiam de acordo com as recomendações nutricionais, os participantes do grupo que ia dormir mais tarde tiveram um risco de desenvolvimento de diabetes 46% maior que os de horário intermediário e cedo.
“Nossa pesquisa sugere que não é só o estilo de vida que explica o risco à saúde dos hábitos noturnos. Uma explicação provável é que o relógio biológico em pessoas de cronotipos tardios está fora de sincronia com os horários de trabalho e sociais seguidos pela sociedade. Isso pode levar a um desalinhamento de horários, como o de refeições, por exemplo. A longo prazo, esse desvio pode levar a distúrbios metabólicos, como a tendência de acumular gordura no fígado e, finalmente, ao diabetes tipo 2”, explicou o pesquisador Jeroen van der Velde, chefe do estudo, em comunicado à imprensa.
Os resultados também mostraram que os voluntários de costumes tardios tinham em média um IMC 0,7 ponto maior, além de uma circunferência da cintura 1,9 cm maior e cerca de 14% a mais de gordura no fígado, em comparação com aqueles com um cronotipo intermediário.
“Recomendo que as pessoas com hábitos noturnos pelo menos tentem evitar comer tarde da noite e busquem adequar seus horários aos hábitos sociais, para evitar o risco de diabetes e de outros problemas relacionados”, conclui van der Velde.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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