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GSK autoriza produção de genéricos para prevenção do HIV

O acordo de licenciamento voluntário facilitará o acesso ao medicamento cabotegravir, que oferece até dois meses de proteção contra o vírus

atualizado

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Justiça diz que demissão de funcionário com HIV foi discriminatória
1 de 1 Justiça diz que demissão de funcionário com HIV foi discriminatória - Foto: Divulgação

A farmacêutica GSK anunciou, nesta quinta-feira (28/7), um acordo que permite a fabricação da versão genérica do cabotegravir de longa ação (LA), um medicamento injetável indicado para a prevenção do HIV, por outros laboratórios.

Por meio de um acordo de licenciamento voluntário para patentes, apoiado pelas Nações Unidas, fabricantes de genéricos selecionados poderão desenvolver, fabricar e fornecer versões do cabotegravir para profilaxia pré-exposição (PrEP) em 90 países menos desenvolvidos, de renda baixa e média, e da África Subsaariana.

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas
O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais
Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
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HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida

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A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids

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Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico

Hugo Barreto/Metrópoles
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O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas

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O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais

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Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos

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O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus

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O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses

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O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais

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Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV

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É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo

Keith Brofsky/Getty Images

De acordo com a chefe da divisão de HIV da GSK, Deborah Waterhouse, os primeiros genéricos só estarão disponíveis em 2026.

A profilaxia pré-exposição (PrEP) é um método de prevenção à infecção, até então, disponível apenas com o uso diário de pílulas que permitem ao organismo de uma pessoa HIV-negativa se preparar para enfrentar um possível contato com o vírus. Ou seja, o corpo do indivíduo desenvolve defesas para o caso de uma relação sexual de risco.

O medicamento

O cabotegravir é a primeira opção de prevenção injetável. Ele oferece até dois meses de proteção contra infecção após uma única injeção intramuscular, com eficácia superior às opções disponíveis em formato de pílula, segundo estudos. O medicamento recebeu aprovação do Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos no fim de 2021.

Atualmente, um ciclo de seis doses do medicamento injetável é vendido por US$ 22.000 nos Estados Unidos (cerca de R$ 114.107 no câmbio atual). Valor similar à venda de pílulas para uso no mesmo período. Especialistas estimam que o valor da profilaxia anual com cabotegravir poderá cair para apenas centenas de dólares por pessoa após o acordo.

O vice-diretor executivo do UNAIDS, Matthew Kavanagh, acredita que com a redução significativa do valor final será improvável que governos de países mais pobres e órgãos de financiamento da saúde se neguem a adquiri-lo. (Com informações da agência Reuters)

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