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Dengue grave: quais são os grupos de risco para quadro hemorrágico?

Infectologista explica que algumas pessoas são mais vulneráveis à dengue hemorrágica. Sintomas incluem sangramentos nas mucosas

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Mosquito picando o braço de criança., dengue infantil - Metrópoles
1 de 1 Mosquito picando o braço de criança., dengue infantil - Metrópoles - Foto: SbytovaMN/Getty Images

A dengue grave, também conhecida como hemorrágica, ocorre quando a doença afeta as plaquetas, células do sangue responsáveis pela coagulação, levando a hemorragias internas e externas. O quadro pode ser fatal em pessoas com o sistema imunológico fragilizado.

“O quadro se desenvolve quando o sistema imunológico reage exageradamente ao vírus, prejudicando os tecidos do corpo. Isso pode causar vazamento de plasma dos vasos sanguíneos para os tecidos, levando a uma queda perigosa na pressão arterial e, às vezes, a um choque que ameaça a vida”, afirma o infectologista Leonardo Weissmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e professor da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp).

O problema é desencadeado, na maior parte das vezes, em uma segunda infecção por um sorotipo diferente do vírus da dengue. Nessas ocasiões, os anticorpos não têm as armas certas para proteger o corpo adequadamente, e enquanto não percebem que estão lidando com outro tipo do patógeno, ele se desenvolve. Além disso, fatores como genética e saúde geral também podem influenciar na gravidade da dengue.

Segundo o infectologista Claudilson Bastos, do Sabin Diagnóstico e Saúde, os sintomas de dengue grave geralmente começam com pequenos sangramentos, como no nariz e gengivas, ou manchas na pele causadas pela baixa contagem de plaquetas.

“Esses sintomas podem aparecer de um a sete dias após o início da febre. Alguns sinais de alerta incluem vômitos persistentes e dores abdominais. Procure uma emergência diante de qualquer uma das manifestações, especialmente se você for do grupo de risco”, alerta Bastos.

O grupo de risco inclui indivíduos que já lidam com alterações no sangue ou têm o sistema imunológico enfraquecido:

  • Pessoas já infectadas anteriormente pela dengue;
  • Pacientes com diabetes;
  • Gestantes;
  • Idosos;
  • Crianças de colo;
  • Pessoas com problemas cardiovasculares;
  • Indivíduos com problemas respiratórios;
  • Pacientes com obesidade;
  • Pessoas com leucemia, linfomas e cânceres em geral.

Indivíduos que se encaixam nessas categorias podem sofrer complicações mais graves ainda, como grande perda sangue e até a morte. Por isso, é indicado procurar um médico ao perceber os primeiros sintomas de que algo está errado.

Como tratar um paciente grave

De acordo com a infectologista Simone Fernandes, da Conexa (plataforma digital de saúde), pacientes com risco de dengue hemorrágica seguem um protocolo de hidratação inicial intravenosa, com reavaliação em até duas horas.

“Se não houver resposta após três tentativas de hidratação, são feitos procedimentos mais avançados em uma sala de emergência ou unidade de terapia intensiva. O tratamento pode envolver o uso de outros líquidos, transfusão de sangue (como hemácias e plaquetas) e medicamentos para manter a função do coração e dos rins, além de procedimentos para garantir que as vias respiratórias permaneçam desobstruídas”, destaca Simone.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Prevenção da dengue

Prevenir a dengue passa por evitar a proliferação do Aedes aegypti. Para isso, é essencial eliminar focos de água parada em locais como pneus, calhas, lajes e baldes. Use telas, tampas, mosquiteiros, larvicidas e  repelentes — os mosquitos aproveitam depósitos de água limpa para se reproduzir.

Interferir no ciclo de vida e reprodução do vetor sempre será a medida mais eficaz para combater a dengue, assim como a vacina, segundo os infectologistas.

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