Grupo chinês: vacina para Covid-19 criou anticorpos em 100% dos voluntários
Imunização é desenvolvida pela estatal Grupo Nacional Biotec da China e foi aplicada em mais de 1,1 mil voluntários saudáveis
atualizado
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O Grupo Nacional Biotec da China (CNBG), um dos candidatos chineses que correm contra o tempo para produzir uma vacina contra o coronavírus, informou neste domingo (28/06) que os primeiros resultados de testagem em humanos sugerem que a imunização da vacina seja segura e eficaz.
De acordo com o grupo, as doses, ainda em período de experiência, induziram a criação de anticorpos de “alto nível” em todos os 1,1 mil voluntários.
Brasil faz acordo com Oxford
Nesse sábado (28/06, o governo federal anunciou um acordo com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, para a produção de uma vacina contra o novo coronavírus.
Antes do anúncio, o Ministério da Saúde enviou resposta à embaixada britânica e ao presidente do laboratório AstraZeneca aceitando a proposta de acordo de cooperação no desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina. A negociação prevê a compra de lotes da vacina e a transferência de tecnologia.
Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira. Pelo acordo, seriam enviados dois lotes de 15 milhões de doses casa, em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Depois, começaria a produção nacional de outras 70 milhões de unidades.
A produção brasileira será na Bio-Manguinhos, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao Ministério da Saúde.
A vacina está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, sendo uma das mais promissoras e em estado mais avançado no que diz respeito às pesquisas no mundo. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fundação do Ministério da Saúde. O acordo, quando celebrado, prevê a transferência de tecnologia de formulação, o envase e o controle de qualidade.
Duas etapas
O acordo se baseia em duas etapas, com início em uma encomenda na qual o Brasil assume, também, os riscos da pesquisa, pagando pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.
No estágio inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões.
O governo considera que assumir o risco é necessário diante da urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e retomada do crescimento diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Se a vacina for segura e eficaz e tiver o registro no Brasil, serão mais 70 milhões de doses, no valor estimado em US$ 2,30 por dose. Com o acordo que será firmado, o Brasil se coloca na liderança do desenvolvimento da vacina contra o novo vírus.