Gritar demais na torcida pela Seleção pode provocar lesões na garganta
Médica dá dicas para evitar problemas como rouquidão e dor de ouvido durante os jogos do Brasil
atualizado
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Assistir aos jogos da Copa do Mundo é um momento de descontração para a maioria dos torcedores, mas o som alto, fogos de artifício, consumo de bebidas alcoólicas e os excessos na hora de comemorar o gol da Seleção Brasileira podem trazer prejuízos para a nossa saúde.
A médica otorrinolaringologista Marcela Suman Ulhoa, da clínica OtorrinoDF, dá algumas dicas de como evitar a rouquidão e lesões no ouvido logo depois dos jogos.
1. Fique longe de som alto e fogos de artifício
As crianças sofrem bastante com os fogos e a música alta, porque o sistema auditivo delas é mais sensível. “A criança que ainda não fala e passa por um trauma desses, comprometendo a audição, tem mais dificuldade para desenvolver a fala depois porque muito dela vem da reprodução do que escuta no dia a dia”.
2. Evite gritar demais
Pode parecer difícil segurar o grito na garganta na hora do gol, mas evitar gritar vai preservar as suas cordas vocais.
3. Não abuse do álcool e cigarros
As bebidas alcoólicas relaxam a musculatura da laringe – onde ficam as cordas vocais – o que favorece o refluxo quando o ar do estômago volta para a garganta. Esse movimento pode provocar pigarro, rouquidão e tosse seca.
Além dos danos a longo prazo, o cigarro provoca lesões locais nos vasos da laringe e o ressecamento dela. A dica é se hidratar mais. Beba água entre um copo de cerveja e outro. Isso ajudará a prevenir possíveis danos.
Depois não adianta pedir a receita do gargarejo para a avó
As receitas caseiras para tratar a garganta são inúmeras e os gargarejos estão na lista dos mais indicados pelas avós. A médica ressalta: não existe nenhum estudo científico comprovando os benefícios deles e alerta que o uso de limão e vinagre têm efeito inverso. “Esses dois ingredientes têm pH ácido. No primeiro momento, eles vão anestesiar a garganta, mas depois aumentam o risco de lesões por conta da acidez”
Marcela ainda pede para os pacientes evitarem consumir pastilhas com efeito refrescante, a menos que sejam anestésicas. “Elas mascaram os sintomas e aumentam o risco de inflamação”, pontua.