Grávidas correm mais risco de sofrer infecção urinária. Como prevenir?
Durante a gestação, os rins ficam sobrecarregados e há maior acúmulo de urina na bexiga, o que favorece a proliferação de bactérias
atualizado
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A infecção urinária é a doença de maior incidência na gravidez, especialmente por todas as mudanças – não só hormonais mas também fisiológicas – que ocorrem no período. Apesar de comum, deve ser tratada de forma criteriosa, porque pode provocar o parto prematuro do bebê.
Na gravidez, há uma dilatação dos ureteres, que são as estruturas anatômicas que comunicam os rins com a bexiga, bem como uma diminuição da contração da bexiga e o aumento da eliminação de glicose na urina. Todos esses fatores favorecem para a proliferação de bactérias. “Com o sistema imunológico debilitado por causa da gestação, é comum que as grávidas desenvolvam infecções urinárias”, destaca a nefrologista e diretora da Clínica de Doenças Renais de Brasília (CDRB), Maria Letícia Cascelli.
O diagnóstico da infecção urinária durante a gravidez é feito por meio do exame de urina normal, que deve ser solicitado a cada trimestre, já que algumas infecções são assintomáticas. Se existirem sinais de alerta – como por exemplo febre, ardência ou dor ao urinar, os exames deverão ser realizados imediatamente.
Entre as dicas de prevenção, a médica orienta tomar pelo menos dois litros de água por dia, esvaziar a bexiga em intervalos de duas horas, manter uma dieta rica em fibras e, em caso de sinais sugestivos de infecção, procurar atendimento médico o quanto antes.