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Grávida desenvolve trombose após tomar vacina AstraZeneca no RJ

Secretaria de Saúde do estado apura se a aplicação do imunizante tem relação direta com o fato

atualizado

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Vacina Grávida desenvolve trombose após tomar vacina AstraZeneca
1 de 1 Vacina Grávida desenvolve trombose após tomar vacina AstraZeneca - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma mulher grávida desenvolveu um quadro de trombose dias depois de ter recebido a vacina da AstraZeneca, no Rio de Janeiro. O caso está sendo analisado pela área de vigilância em saúde municipal. O estado e o Ministério da Saúde também vão investigar.

Investigações deste tipo avaliam o histórico de saúde dos pacientes para identificar se é possível estabelecer uma causa entre a aplicação do imunizante e o evento adverso, pois outros fatores podem estar relacionados ao caso.

Durante a gestação, as mulheres possuem um risco natural de desenvolver tromboses, devido às mudanças hormonais pelas quais o corpo passa. Até o momento, não há informações de que a vacina aumentaria as chances deste evento. “É muito complicado estabelecer uma relação de causa imediata, porque existem vários fatores que estão relacionados à formação de coágulos e ser gestante é um deles”, explica a infectologista Ana Helena Germoglio.

Vacina e coágulos
A formação de coágulos sanguíneos foi incluída na bula da vacina AstraZeneca/Oxford como um dos possíveis efeitos colaterais do medicamento. Isso depois de casos de coágulos pós-vacina serem relatados às agências de saúde internacionais. Eventos assim, no entanto, são considerados muito raros, quando comparados ao total de pessoas vacinadas com o imunizante.

Segundo as autoridades de saúde, os benefícios da imunização contra a Covid-19 – doença que já tirou a vida de 3.294.694 pessoas em todo o mundo no último ano, de acordo com a Universidade Johns Hopkins – são superiores aos riscos, por isso a vacinação é recomendada.

A infectologista Ana Helena recomenda que as mulheres não deixem de se vacinar, uma vez que o risco de desenvolver quadro grave de Covid-19 após a infecção é muito mais alto do que o de apresentar um coágulo pós-vacina.

“Quanto maior é a idade gestacional, a mulher tende a ter uma dificuldade respiratória aumentada pela crescimento do bebê. Com isso, viu-se o comprometimento da saúde de muitas gestantes, que tentem a evoluir para casos graves. Então os benefícios superam e muito o risco de tomar a vacina e ter um quadro de trombose”, esclarece.

É importante, entretanto, que as gestantes vacinadas fiquem atentas à possibilidade de aparecerem edemas (inchaços) dolorosos, que não regridem e que são gerados rapidamente. Também devem observar dor na perna aguda e unilateral (em um lado), dor de cabeça intensa e falta de ar progressiva. “Caso apareçam esses sintomas, a gestante precisa procurar o seu médico ou um pronto-socorro, com urgência”, aconselha.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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