Os reguladores de medicamento da Grã-Bretanha aprovaram, nesta quinta-feira (4/11), o uso do antiviral molnupiravir, desenvolvido pelas farmacêuticas Merck e Ridgeback Biotherapeutics, para o tratamento da Covid-19.
Com a decisão, o país se torna o primeiro do mundo a ter permissão para prescrever uma medicação antiviral oral para o tratamento domiciliar de adultos infectados com o novo coronavírus. O molnupiravir é destinado ao tratamento imediato da doença em pessoas expostas ao vírus e com risco de complicação.
“Continuaremos avançando com rigor e urgência para levar o molnupiravir a pacientes em todo o mundo o mais rápido possível”, disse o presidente da Merck, Robert M. Davis, em comunicado.
Estudos clínicos mostraram que a pílula experimental da Merck foi capaz de reduz o risco de hospitalização e morte em até 50%. O molnupiravir age introduzindo erros no código genético do novo coronavírus, impedindo que ele faça cópias de si mesmo.
O medicamento é visto com otimismo por especialistas em saúde que destacam entre suas vantagens as facilidades de uso, armazenamento e fabricação, possibilitando ainda o acesso de países de baixa e média renda.
A Merck também enviou o pedido de uso emergencial do molnupiravir à agência Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e à Agência Europeia de Medicamentos.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) participa de um braço do estudo clínico do molnupiravir no Brasil, com duração de seis meses. Sete centros de pesquisa do país participam da pesquisa.
Veja quais são os sintomas mais frequentes de Covid-19:
12 imagens
1 de 12
Os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
Getty Images
2 de 12
Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19
Getty Images
3 de 12
No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia
Andrea Piacquadio/Pexels
4 de 12
Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações
Getty Images
5 de 12
Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas
Microgen Images/Science Photo Library/GettyImages
6 de 12
A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença
Getty Images
7 de 12
Atualmente, ela se assemelha a um resfriado, com dores de cabeça, dor de garganta, coriza e febre, segundo um estudo de rastreamento de sintomas feito por cientistas do King's College London
Boy_Anupong/Getty Images
8 de 12
A mudança no perfil dos sintomas é um desafio no controle da pandemia, uma vez que as pessoas podem associá-los a uma gripe comum e não respeitar a quarentena, aumentando a circulação viral
Pixabay
9 de 12
Um estudo feito no Reino Unido, com 38 mil pessoas, mostrou que os sintomas da Covid-19 são diferentes entre homens e mulheres
Getty Images
10 de 12
Enquanto eles costumam sentir mais falta de ar, fadiga, calafrios e febre, elas estão mais propensas a perder o olfato, sentir dor no peito e ter tosse persistente
Getty Images
11 de 12
Os sintomas também mudam entre jovens e idosos. As pessoas com mais de 60 anos relatam diarreia com maior frequência, enquanto a perda de olfato é menos comum
Getty Images
12 de 12
A maioria das pessoas infectadas que tomaram as duas doses da vacina sofre com sintomas considerados leves, como dor de cabeça, coriza, espirros e dor de garganta