Gestante com Covid-19 faz carta de agradecimento à equipe do Hran
A advogada Elanhine Caires, 37, ficou emocionada com o atendimento e organização do centro de saúde durante sua internação
atualizado
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Em meio a notícias de hospitais lotados de pacientes infectados com coronavírus, a advogada brasiliense Elanhine Caires, 37, emocionou os funcionários do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) com uma carta de agradecimento à equipe no momento em que recebeu alta.
Grávida com cerca de 28 semanas, a advogada começou a sentir sintomas como cansaço, falta de ar, dor nas costas e na cabeça, tosse intensa e ardência nos olhos. Depois de fazer um exame e receber o resultado positivo para Covid-19, ela foi ao Hran para saber qual é o protocolo para gestantes com a doença.
“Fui bem recebida por todos, desde o segurança da porta até a médica. Fiz vários exames, que apresentaram resultados alterados e tive indicação de internação por estar com 25% do pulmão afetado”, conta a gestante, que recebeu alta no domingo (2/8).
Mesmo assustada com a situação e sem direito a acompanhante, Elanhine ficou emocionada com o bom humor da equipe, a estrutura do hospital e a preocupação com a limpeza. “Já fiquei em outros hospitais e nunca tinha visto um cuidado com a limpeza como eles têm ali, é uma equipe grande, sempre com um sorriso. As enfermeiras são muito pacientes, com um atendimento humanizado, sempre monitorando e vigiando. O atendimento não deixou a desejar em nada e tudo de forma gratuita. Me surpreendi”, afirma.
Na carta, ela cita segurança, recepcionistas, atendentes, equipe de triagem, médicos, enfermeiros, equipe da faxina e de copa. “Nada mais justo que expressar elogios e não apenas reclamações. Sou grata a todos”, escreve a advogada (leia a carta, na íntegra, abaixo).
“Fiz questão. Só entreguei quando recebi alta, para respeitar o protocolo de segurança. É um ambiente tenso por si só, no entanto, fui bem recebida por todo mundo. Não sabia que minha carta ia ter repercussão, fiz de todo coração. O que mais a gente vê é reclamação e acho justo que as pessoas tenham acesso ao elogio, que vejam que o sacrifício é visto e valorizado. Fiz questão de falar da faxina, um trabalho muito difícil, porque só se fala de médicos e enfermeiros. Outras pessoas estão na linha de frente.
Agora, o tratamento da advogada segue em casa — ela precisa tomar um medicamento de alto custo para trombose, que também foi disponibilizado pela rede pública de saúde e espera voltar daqui a dois meses para ter o bebê no Hran. “Fiquei realmente tranquila em saber que meu filho vai nascer lá”, diz.