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Geriatra aponta dicas validadas em pesquisas para prevenir a demência

Médica do Albert Einstein comenta estudo recente que elencou hábitos de vida associados a risco mais baixo de declínio cognitivo

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A realização de atividades físicas e mentais, como tarefas domésticas, a prática regular de exercícios e o convívio social com visitas a amigos e familiares podem ajudar a reduzir o risco de demência em idosos. Os resultados são de um estudo publicado na revista científica Neurology, que avaliou dados de mais de 500 mil pessoas sem demência e com idade média de 56 anos.

Os pesquisadores coletaram informações sociodemográficas, estilo de vida e comorbidades. Eles responderam questões sobre atividades físicas sobre a prática de esportes, sobre a frequência que eles subiam algum lance de escadas, se caminhavam, se faziam atividades domésticas, que meio de transporte usavam, entre outros.

Também responderam um questionário sobre a prática de atividades mentais, entre elas nível de escolaridade, com que frequência visitava amigos e familiares, se frequentava algum clube ou grupo religioso, se usava algum equipamento eletrônico (computador, TV, celular). Os pesquisadores também perguntaram se algum familiar tinha demência, para análise do risco genético.

Os participantes foram acompanhados por uma média de 11 anos. Neste período, houve 5.185 casos de demência (entre eles a vascular, doença de Alzheimer e outras demências). Após ajustar fatores e cruzar todos esses dados, os pesquisadores constataram que as pessoas que praticavam exercícios físicos regularmente tiveram 35% menos risco de demência; aqueles que faziam atividades domésticas tinham 21% menos risco e aqueles que relataram ter um convívio social com amigos e familiares tiveram 15% menos risco em comparação com os participantes que não faziam nenhuma dessas atividades.

Prevenção

Segundo a geriatra Thaís Ioshimoto, do Hospital Israelita Albert Einstein, esses resultados são muito importantes porque reforçam a importância do papel da prevenção, já que o arsenal terapêutico disponível hoje para tratamento da demência se restringe a duas classes de medicamentos. “Esses medicamentos no máximo estabilizam a doença, mas o paciente não tem um ganho, ele não melhora. Ele vai continuar desenvolvendo a demência, mas numa velocidade menor”, pondera.

Thaís disse ainda que estudos anteriores já demonstraram que se a pessoa consegue evitar os fatores de risco que são modificáveis, ela reduz em até 40% o risco de demência. “Isso é melhor do que qualquer remédio”, ressalta a médica. Entre os fatores de risco modificáveis estão não fumar, não beber, manter uma alimentação saudável, fazer atividades físicas e até mesmo não viver em ambientes com muita poluição.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Atividades físicas e socialização

O estudo apontou a prática regular da atividade física como o principal fator protetor da demência. Segundo Thaís, isso acontece porque a atividade física não está relacionada apenas ao ganho de massa muscular, mas também à melhora da saúde metabólica e cardiológica. “A atividade física aumenta a sensibilidade à insulina, então reduz risco de diabetes, por exemplo. Também melhora o fluxo sanguíneo cerebral e a saúde cardiovascular”, ressalta.

A socialização também é outro pilar importante na prevenção da demência, já que o isolamento social pode ser um fator de aceleração do declínio cognitivo. “Idosos que vivem em uma comunidade e têm uma rede de suporte vivem mais e têm menos demência. Isso acontece muito provavelmente por causa de algum mecanismo que ainda não conhecemos e não temos como medir, mas têm influência sobre como eles lidam com essas emoções e sobre como o contato é importante”, disse a médica.

Além disso, os contatos sociais possibilitam uma relação afetiva com a memória, já que numa conversa o idoso precisa buscar referências na memória para contar uma história, por exemplo. “O fato de um idoso contar uma história com começo, meio e fim é uma forma muito importante de estimular o cérebro”, diz Thais.

Tarefas domésticas

Tarefas domésticas, por mais banais que possam parecer, também são formas de manter o cérebro ativo. Até mesmo cozinhar é uma forma de estimular a cognição. “Para cozinhar o idoso precisa organizar os ingredientes, lembrar da receita, lembrar das etapas do cozimento, saber o ponto da comida. Tudo isso é um estímulo cognitivo muito grande, por mais que isso seja feito de forma automática a vida toda”, afirmou.

O uso de celulares e computadores para jogos também são ótimos estimulantes cerebrais. O importante, reforça Thaís, é que a atividade escolhida seja prazerosa para o idoso e tenha algum propósito. “Não adianta querer impor atividades, pois os idosos podem começar a fazer, mas logo perderão o interesse. O importante é que ele faça coisas que tem vontade e que sejam desafiadoras para o cérebro”, finalizou. (Fonte: Agência Einstein).

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