Genética pode explicar boa adesão à dieta vegetariana, diz estudo
Pesquisa feita na Universidade Northwestern, nos EUA, sugere que a explicação para uma boa adaptação à dieta vegetariana está nos genes
atualizado
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Pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram que a carga genética tem um papel importante para determinar se a pessoa conseguirá se acostumar a uma dieta vegetariana.
“Neste momento, podemos dizer que algumas pessoas podem ser geneticamente mais adequadas para uma dieta vegetariana do que outras”, conta o principal autor do estudo, Nabeel Yaseen, professor emérito de patologia da Feinberg Escola de Medicina, da Universidade Northwestern. A pesquisa foi publicada na quarta-feira (4/10) na revista PLOS One.
Os pesquisadores queriam entender por que muitas pessoas tentam aderir ao vegetarianismo, mas não conseguem levar o estilo de vida adiante e acabam voltando a comer proteína animal. O trabalho buscou entender se a herança genética estaria envolvida nisso.
Maior tendência à dieta vegetariana
O estudo analisou informações de 335 mil pessoas inscritas no UK Biobank, uma plataforma que acompanha dados de saúde e hábitos de vida dos residentes do Reino Unido por anos.
O banco de dados contava com 5 mil pessoas que tinham se declarado vegetarianas estritas. O código genético deles foi comparado às informações de pessoas que não tinham restrições alimentares.
Os autores identificaram, então, 34 genes com um possível papel no vegetarianismo e três deles – RIOK3, RMC1 e NPC1 – eram mais frequentes.
Esses genes têm funções importantes no metabolismo de lipídios e na função cerebral, fazendo os pesquisadores acreditarem que diferenças no metabolismo lipídico e seus efeitos no cérebro podem ter relação com a facilidade de adesão às dietas vegetarianas.
“Estes resultados apoiam o papel da genética na escolha de uma dieta vegetariana e abrem a porta para estudos futuros que visam elucidar ainda mais as vias fisiológicas envolvidas no vegetarianismo”, afirmam os cientistas no artigo.
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