Gêmeas idênticas mais diferentes do mundo entram para o Guiness Book
Gêmeas idênticas de 23 anos têm enorme diferença de peso e altura. Condição é atribuída a uma geminação discordante rara
atualizado
Compartilhar notícia
Sierra e Sienna são gêmeas idênticas que entraram para o Guinness Book, o livro dos recordes, pela grande diferença que as separa em tamanho e peso. Embora sejam gêmeas univitelinas (ou seja, foram geradas a partir de um único óvulo), uma das jovens tem nanismo, medindo apenas 1,32m e pesando menos de 23kg.
O reconhecimento do recorde conquistado pelas irmãs foi divulgado nessa quarta-feira (9/11) pelo Guinness World Records. As gêmeas de 23 anos moram no Texas, Estados Unidos, e dizem que as maiores diferenças entre as duas param por aí.
“Nascemos na situação em que estamos hoje, então não sabíamos de mais nada até ficarmos mais velhas. As coisas só começaram a ser mais diferentes quando eu comecei a dirigir e a minha irmã, não”, conta Sierra, em entrevista ao Guiness.
De acordo com a jovem, que tem 1,70 m e pesa 44 kg, mesmo as duas sendo muito companheiras e tendo vidas normais, ela teve que assumir um papel de “irmã mais velha” devido ao nanismo e da síndrome de Dandy-Walker (uma má-formação congênita do cérebro que geralmente prejudica o desenvolvimento motor da criança e pode provocar fortes dores de cabeça, irritabilidade, tontura, falta de coordenação motora e vômitos) de Sienna.
“É claro que isso afetou nossa relação, no sentido em que temos de ser muito comunicativas. Nos esforçamos para não invejar uma a outra por nossas vidas serem diferentes”, explica Sierra.
Sienna comenta que o companheirismo entre as duas a ajudou a lidar melhor com as emoções e a controlá-las. “Quando eu era mais nova, ficava à flor da pele porque não sabia como controlar minhas emoções, mas na medida em que envelheci, aprendi a controlar minha raiva”, afirma.
Segundo a mãe das gêmeas, Chrissy Bernal, os médicos já sabiam que Sienna tinha Síndrome de Dandy-Walker antes do nascimento, mas não entendiam o motivo de ela ser tão pequena. Foi apenas seis anos mais tarde que um geneticista da Bélgica fez uma visita às irmãs e recomendou os exames necessários para comprovar a condição.
O diagnóstico confirmou o nanismo primordial, caracterizado quando há um tamanho corporal menor e anormalidades durante o período de crescimento da criança. No mundo, há menos de 200 pessoas com a condição.
Hoje, as gêmeas lidam com as diferenças com muito humor. “Às vezes, quando saímos, as pessoas pensam que ela é minha mãe em vez de minha irmã porque sou baixinha. O pior é quando vamos para algum bar e as pessoas acham que tenho uns oito anos. Acho engraçado. Além disso, as roupas e sapatos pequenos são mais baratos”, brinca Sienna.
Apesar de serem um caso raríssimo — não existem nem estatísticas sobre outras ocorrências de gêmeos tão diferentes –, as irmãs desejam compartilhar com o mundo inteiro os aspectos positivos de não serem, literalmente, idênticas. Elas gravam vídeos para o TikTok mostrando o dia a dia e respondendo perguntas de curiosos.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.