Fungo no sangue pode ajudar a identificar câncer, revela estudo
Especialistas esperam que médicos possam, no futuro, detectar tumores agressivos por meio de esporos de fungo circulando no sangue
atualizado
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O diagnóstico precoce de um possível câncer pode ajudar muito no tratamento da doença. Cientistas do Weizmann Institute of Science, em Israel, e da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta que pode acelerar e facilitar o processo de identificação de tumores: eles perceberam que alguns fungos vivem dentro de células cancerígenas.
A descoberta pode, um dia, ajudar os médicos a diagnosticarem o câncer ainda no estágio inicial. Para isso, os pesquisadores apontam que os profissionais poderão utilizar um exame de sangue capaz localizar esporos de fungos para encontrar tumores no organismo. A pesquisa foi publicada na revista científica Cell na última sexta-feira (29/9).
“Os resultados do estudo devem nos levar a explorar melhor os efeitos potenciais dos fungos tumorais e a reexaminar quase tudo o que sabemos sobre o câncer através de um estudo desses microrganismos”, explica o coautor do levantamento, Ravid Straussman, em comunicado.
Outra descoberta foi que alguns fungos estão relacionados a tumores específicos, podendo ajudar também no diagnóstico exato da doença. Por exemplo, uma espécie é mais fácil de ser atraída pelo câncer de mama e outra, por um tumor na pele.
No estudo, os cientistas analisaram mais de 17 mil amostras de tecido e sangue de pacientes com 35 tipos de câncer. Os pesquisadores descobriram que os fungos foram encontrados em todos tumores analisados e eles estariam escondidos no interior das células cancerígenas.
Os fungos são organismos que vivem em diversos tecidos do corpo, principalmente no intestino, na boca e na pele. Para se reproduzirem, eles utilizam partículas microscópicas chamadas de esporos.
Entretanto, o estudo sugere apenas uma associação dos fungos com os tumores, e ainda não é possível saber qual é a relação entre os dois e quais espécies estão ligadas a formas mais agressivas da doença.
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