Entenda como funciona o polêmico chip cerebral de Elon Musk
A empresa de Elon Musk, Neuralink, anunciou o primeiro implante de chip em cérebro humano. O paciente se recupera bem
atualizado
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O bilionário Elon Musk anunciou que sua empresa Neuralink realizou o primeiro implante de chip cerebral em um paciente humano. A informação foi compartilhada na segunda-feira (29/1), mas o procedimento teria acontecido no domingo (28/1). Segundo Musk, o paciente se recupera bem.
Desde 2016, o magnata da tecnologia trabalha na elaboração do chip cerebral, capaz de fazer a “interface cérebro-computador”. O chip seria usado para ajudar pessoas com paralisias a se locomoverem.
Os neurônios do cérebro transmitem sinais para outras células do corpo, como os músculos e nervos. Musk pretende que o chip cerebral seja capaz de ler esses sinais e consiga traduzi-los em controles motores. O chip funcionaria como uma ponte, garantindo que a mensagem chegue ao músculo ou nervo, promovendo o movimento.
Possibilidades de uso
A tecnologia também possibilitaria que os usuários do dispositivo controlem tecnologias externas, como computadores e smartphones, com o pensamento. “É como substituir um pedaço do cérebro por um smartwatch”, afirmou o empresário, em uma das ações de divulgação do chip cerebral.
O bilionário já declarou que a invenção eventualmente possibilitará que dois indivíduos se comuniquem apenas por pensamentos. Futuramente, as pessoas também poderão salvar e reproduzir suas lembranças preferidas.
De acordo com o projeto, no futuro, o chip seria capaz de reestabelecer a visão, mesmo em pessoas que foram cegas a vida inteira, além de tratar doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer.
Polêmicas
Como quase tudo que envolve Elon Musk, a invenção tecnológica vem carregada de polêmicas. A diretora do Center for the Future Mind, Susan Schneider, já declarou que o uso do implante cerebral pode acabar conectando todos os usuários a uma nuvem e fundir humanos com a inteligência artificial.
Schneirder é professora de Filosofia em uma universidade americana e o centro que ela dirige promove debates sobre o desenvolvimento de novas tecnologias e as implicações éticas.
De acordo com Susan, os pensamentos mais íntimos das pessoas poderiam ficar acessíveis ao implante cerebral e até serem vendidos. Para ela, o “modelo econômico” pode fazer com que, no futuro, o implante controle as pessoas.
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