França tem 1º caso de transmissão de monkeypox de humanos para cão
O cachorro apresentou sintomas 12 dias depois que seus tutores ficaram doentes. O caso foi reportado na revista científica The Lancet
atualizado
Compartilhar notícia
Um artigo publicado na revista The Lancet na última quarta-feira (10/8) confirmou o primeiro caso de transmissão de varíola dos macacos (monkeypox) de humanos para animais de estimação. O caso ocorreu na França.
Um cachorro da raça galguinho italiano, de 4 anos, desenvolveu lesões na pele 12 dias depois de os tutores – um homem de 44 anos e outro de 27 anos – ficarem doentes.
De acordo com o artigo, os homens são parceiros não exclusivos que vivem na mesma casa e tinham o hábito de dormir com o pet. Eles procuraram o Hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, no começo de junho com sintomas da infecção.
Seis dias após terem feito sexo com outros parceiros, os homens desenvolveram ulceração anal seguida por erupções cutâneas no rosto, orelhas, pernas e costas, associadas com diminuição da força muscular (astenia), dores de cabeça e febre.
O cachorro, por sua vez, apresentou lesões mucocutâneas, incluindo pústulas no abdômen e ulceração anal fina. Um teste do tipo PCR confirmou a infecção pela varíola dos macacos.
As sequências do DNA do vírus coletado no cão e no paciente de 44 anos foram comparadas. Ambas continham vírus do clado hMPXV-1, linhagem B.1, o mesmo que vem se espalhando desde abril.
Os autores do estudo destacaram que não existem dados sugerindo que animais de estimação sejam facilitadores de transmissão do vírus. “Não se sabe se gatos e cães domesticados podem ser um vetor para o vírus da varíola dos macacos”, escreveram.
“Nossas descobertas devem estimular o debate sobre a necessidade de isolar animais de estimação de indivíduos positivos para o vírus da varíola dos macacos. Apelamos a uma investigação mais aprofundada sobre transmissões secundárias através de animais de estimação”, concluíram.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.