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Estudo revela sinal físico que aparece até nove anos antes da demência

Nova pesquisa aponta sintoma precoce da demência que pode ajudar médicos a diagnosticar a condição com antecedência

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Até 2050, a projeção é que 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com demência no país
1 de 1 Até 2050, a projeção é que 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com demência no país - Foto: Freepik

O envelhecimento traz consigo uma série de comprometimentos cognitivos que prejudicam a memória. Por isso, é desafiador para os médicos encontrar sinais que diferenciem o problema de uma doença degenerativa, como o Alzheimer e outras condições causadoras de demência.

Várias alternativas têm sido pensadas para avaliar os riscos de desenvolvimento de demência, especialmente em mudanças de comportamento. Elas vão desde a perda do controle financeiro até uma mudança no senso de humor, mas os cientistas também procuram sintomas físicos, de fácil identificação.

Um novo estudo, publicado na segunda-feira (11/11) na JAMA Network, identificou alguns sinais físicos da demência precoce: segundo os pesquisadores, os pacientes desenvolvem uma fragilidade física que compromete sua autonomia. Os sintomas dos voluntários apareceram de quatro a nove anos antes do diagnóstico de demência, e foram se acumulando com o passar dos anos.

Os cientistas apontam que o declínio físico não é só uma consequência da demência, mas pode também ser sua causa. “Os dados sugerem que a fragilidade física contribui para o início da doença”, afirma o médico David Ward, um dos autores do estudo, em comunicado à imprensa.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Sintomas físicos precoces da demência

Os pesquisadores consideraram ao menos 30 indicativos de fragilidade física para avaliar a incidência de demência em 28 mil voluntários com idade média de 71 anos. Todos passaram por questionários periódicos ao longo de 20 anos, até a maioria dos pacientes falecer.

Houve maior risco de demência entre os participantes que tiveram maiores índices de fragilidade e que reportaram a perda da capacidade de realizar atividades cotidianas progressivamente. Para quem marcou mais de cinco condições no teste, o risco era até 40% maior de desenvolver demência nos anos seguintes.

Os principais indicativos de fragilidade física avaliados foram:

  1. Capacidade de andar 100 metros sem se cansar;
  2. Ficar sentado por 2h sem sentir dores;
  3. Ter força para se levantar sozinho de uma cadeira;
  4. Capacidade de subir escadas;
  5. Conseguir se agachar e se ajoelhar;
  6. Levantar os braços acima da linha dos ombros;
  7. Ter força para levantar 5 kg de peso;
  8. Ter força para empurrar um objeto grande, como um sofá;
  9. Capacidade de se vestir e tomar banho sozinho;
  10. Possibilidade de fazer compras sozinho para manter a casa;
  11. Ser capaz de retirar uma moeda de uma mesa;
  12. Comer sozinho;
  13. Levantar-se da cama sozinho.

O teste completo incluía outros aspectos. Alguns tópicos eram relacionados à cognição, como usar um mapa, administrar as próprias medicações e as contas da casa, ou conseguir fazer ligações telefônicas sem ajuda.

Os cientistas também avaliaram uma série de problemas de saúde prévios ou crônicos dos voluntários. Aqueles que tinham ou tiveram pressão alta, asma, câncer, osteoporose, depressão e histórico de fratura no quadril ou nos joelhos, por exemplo, pontuaram mais alto no índice de fragilidade e, consequentemente, tiveram maior risco de demência.

“Ao compreender a conexão entre a fragilidade do envelhecimento e a demência, podemos usar estratégias de intervenção direcionadas para reduzir o risco e melhorar a qualidade de vida”, completa Ward.

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