Fofura! Cientistas captam reações de bebês a alimentos ainda no útero
Estudo experimental revelou expressões faciais de bebês na fase final da gestação. Técnica utilizou imagens de ultrassom em 4D
atualizado
Compartilhar notícia
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Durham, na Inglaterra, divulgou imagens inéditas de bebês no útero reagindo a alimentos ingeridos pelas mães. As curiosas expressões faciais foram capturadas por meio de aparelhos de imagem 4D e revelaram que os fetos já reagem a sabores e odores durante a fase final da gestação. O trabalho foi publicado nessa quinta-feira (21/9) na revista científica Psychological Science.
A pesquisa contou com a participação de 100 mulheres de 18 a 40 anos que estavam na fase final da gestação (entre 32 e 36 semanas). Elas foram instruídas a não consumir nenhum outro alimento ou bebida uma hora antes do exame de imagem e ingeriram cerca de 400 miligramas de cenoura ou couve triturado 20 minutos antes do ultrassom. Os bebês expostos à cenoura reagiram, de modo geral, com um sorriso; os que receberam couve – em sua maioria – apresentaram feições de choro.
“Já existiam alguns estudos sugerindo que os bebês podem sentir cheiros e gostos ainda no útero, mas esses testes foram baseados em bebês no período neonatal. Nosso trabalho é o primeiro a capturar essas reações antes mesmo do nascimento”, explicou Beyza Ustun, pesquisadora da Universidade de Durham e autora principal do trabalho, em comunicado à imprensa. A cientista ainda acrescentou que a experiência de ver as reações dos bebês e poder compartilhá-las com os pais foi fascinante.
Paladar e olfato
De acordo com o grupo, os achados podem auxiliar na compreensão do desenvolvimento dos receptores humanos para paladar e olfato quando os fetos ainda estão imersos no líquido amniótico. Eles também acreditam que os alimentos ingeridos pelas mães podem influenciar as preferências alimentares dos filhos após o nascimento, tendo implicações para a escolha de hábitos saudáveis até mesmo na fase adulta.
Para capturar as imagens, o grupo de estudos usou aparelhos de ultrassom em 4D. Ao contrário das imagens usadas em ultrassonografias comuns, em 2D ou 3D, o modelo funciona como um vídeo, com imagem, som, profundidade e movimentos em tempo real.
Os pesquisadores esperam que os achados ajudem a dar informações mais precisas para conscientizar as mães acerca da importância de ter bons hábitos alimentares durante a gravidez.
No momento, o grupo de cientistas está conduzindo uma continuação do estudo com os mesmos bebês, agora já nascidos, para analisar se a influência dos sabores observada no útero teve efeito na aceitação ou recusa de diferentes alimentos.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.