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FiV: entenda método escolhido por Brunna e Ludmilla para engravidar

Artistas estão se preparando para passar pelo processo de fecundação in vitro. A FiV se divide em diversas etapas

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1 de 1 Foto colorida de Brunna Gonçalves e Ludmilla - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

A cantora Ludmilla e a bailarina Brunna Gonçalves anunciaram que estão se preparando para ter um bebê em 2024. Elas revelaram em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que escolheram o processo de fertilização in vitro (FiV) para gestar, mas que ainda não há uma data definida para começarem.

Entretanto, explicaram como planejam fazer o procedimento. A dançarina contou que elas passaram pelos primeiros exames necessários para fazer a fertilização e que o plano é ela gerar a criança por meio de um óvulo doado por Ludmilla. O procedimento de gestação compartilhada é frequentemente realizado por casais lésbicos que recorrem à FiV.

Foto colorida de Ludmilla e Brunna Gonçalves - Metrópoles
Plano inicial é de extrair óvulos de Ludmilla e usá-los para que Bruna geste

1ª fase da FiV, os exames

Até chegar ao processo da fecundação, porém, o procedimento leva tempo. Especialistas em reprodução assistida apontam que o processo pode ser longo e custoso até chegar à fase final. A primeira fase é justamente a que Ludmilla e Brunna estão, dos exames antes do tratamento.

“A avaliação passa pelo plano imunológico, metabólico e hormonal, então há exames de secreção vaginal e avaliação da flora vaginal, por exemplo. Também são feitos exames para identificar se há alguma infecção sexualmente transmissível”, explica o ginecologista Rodrigo Rosa, especialista em Reprodução Humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo.

2ª fase da FiV, as medicações

Caso os exames tenham bons resultados, parte-se para a medicação hormonal que estimula o crescimento de folículos, gerando o ambiente uterino mais propício para a fecundação. Além disso, os remédios estimulam que o corpo prepare mais de um óvulo (que é o comumente feito), soltando até 10 óvulos de uma vez.

Estas medicações, porém, levam a efeitos colaterais em alguns casos. “É esperado que a mulher em estimulação ovariana sinta dor de cabeça, desconforto abdominal e mudanças de apetite ou humor. Os efeitos colaterais graves como trombose, sangramentos e infecções são raros, mas podem acontecer, o que exige um monitoramento contínuo do médico responsável”, detalha Rosa.

3ª fase da FiV, a implantação

As células reprodutivas são recolhidas e fecundadas em laboratório com o sêmen de um doador, podendo ser um doador anônimo ou um parente de até quarto grau. É ainda neste ambiente controlado onde começam as primeiras fases do desenvolvimento dos embriões, que ficam até 14 dias in vitro até que são congelados.

Casais que estão em projetos de planejamento familiar, ou seja, que querem preservar embriões saudáveis, mas sem uma aplicação imediata, costumam deter o processo de fecundação nesta etapa do congelamento.

“A FiV possibilita uma quebra das barreiras na reprodução, tanto sociais, com o uso por casais LGBTQIAP+, quanto biológicas. Os embriões podem ser preservados por décadas nestas condições”, completa o médico Edson Borges Júnior, diretor científico do Instituto Sapientiae.

câmara de congelamento
O congelamento de óvulos permite que mulheres engravidem mais tarde

Os cuidados para ter sucesso

Na menstruação seguinte, os óvulos são descongelados e implantados nos dias mais férteis da menstruação, entre o 17º e 20º dia do ciclo. O tratamento não exige grandes restrições, mas é recomendado evitar o álcool e atividades de grande impacto, como corridas. Na dieta, o melhor é evitar ultraprocessados.

A taxa de sucesso pode variar de 60% em mulheres até 35 anos até 10% por volta dos 43 anos. O tratamento pode ser repetido caso não haja sucesso na primeira tentativa.

O perfil da FiV no Brasil

Não há números específicos que mostrem os perfis socioeconômicos de casais que buscam a FiV no Brasil. Em linhas gerais, porém, a produção de embriões humanos no país vem crescendo ano a ano, de acordo com o Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio).

Em 2022, a produção aumentou 3,02%, chegando a 43.708 células germinativas criadas nos 181 centros de reprodução humana assistida do Brasil, entre públicos e privados.

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