Fiocruz: pelo menos 6 cepas do coronavírus circularam no Brasil até abril
As informações são da Fiocruz, que também identificou a sub-linhagem mais comum entre os infectados no país
atualizado
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De acordo com um estudo publicado nesta terça-feira (14/7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo menos seis tipos de coronavírus circularam no Brasil entre fevereiro e abril. Depois de analisar 95 genomas do micro-organismo coletados em pacientes de nove estados (Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Rio de Janeiro e Santa Catarina), os pesquisadores identificaram as linhagens, que foram nomeadas A.2, B.1, B.1.1, B.2.1, B.2.2 e B.6.
As cepas são resultantes de mutações, mas não aumentam a possibilidade de um paciente ter a Covid-19 duas vezes. As características principais dos vírus permanecem idênticas, mas as mudanças no código genético podem torná-lo mais contagioso, por exemplo.
O estudo também determinou o subtipo do coronavírus mais prevalente nos pacientes diagnosticados no Brasil. A B.1.1 foi encontrada em 18 pessoas que não tinham estado fora do país recentemente, o que significa que foram contaminadas em território nacional.
A teoria dos pesquisadores é que esta versão veio da Europa e chegou ao país ainda no começo de fevereiro (o primeiro caso foi confirmado apenas no final do mês), e sofreu duas mutações em seguida.