1 de 1 prédio da fiocruz
- Foto: Divulgação/Fiocruz
Especialistas e pesquisadores da Fiocruz realizaram, nesta quarta (20/4), um webinar para discutir o final da pandemia de Covid-19 e a decisão do governo federal de revogar o estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
“A pandemia não acabou, a resposta é simples, clara e direta. Provavelmente não acordaremos um dia com um trio elétrico avisando que acabou, que voltamos ao normal. O final deve ser bem menos anunciado do que o início”, explica o pesquisador Raphael Guimarães (Ensp/Fiocruz).
Para os especialistas, é impossível decretar que a Covid-19 não é mais uma ameaça porque a comunidade internacional ainda não decidiu quais são os parâmetros de quantidade de casos e óbitos aceitáveis para determinar que a doença se tornou endêmica.
Além de Guimarães, participaram da live o coordenador do Observatório Covid-19, Carlos Machado, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (Ensp/Fiocruz); Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espirito Santo; Eduardo Hage, da Fiocruz Brasília; e Daniel Villela, coordenador do Programa de Computação Cientifica da Fundação (Procc/Fiocruz).
Os tratamentos para a Covid-19 podem variar conforme o quadro apresentado. Em casos mais leves, onde há presença de dores musculares, dor na cabeça, perda do paladar ou do olfato, tosse intensa e febre, repouso e o uso de certos medicamentos podem auxiliar no alívio dos sintomas
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Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar
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No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar
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O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica
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O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem
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Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais
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A dexametasona, um corticoide, é outro tratamento autorizado. Segundo estudos, o medicamento é indicado para pacientes com quadros graves. Ele é capaz de reduzir a mortalidade apenas quando o uso de oxigênio é necessário
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Apesar de ser indicado por órgãos de saúde, o corticoide não deve ser utilizado sem orientação médica, pois pode piorar o quadro clínico se usado precocemente
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A Anvisa também concedeu permissão para a utilização do coquetel de anticorpos REGN-COV. O tratamento é indicado para pessoas que estão apresentando os primeiros sintomas da doença e não precisam de internação, mas que possuem risco maior de desenvolver quadros graves
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Para o uso do coquetel, que contém dois anticorpos monoclonais, o casirivimabe e imdevimabe, é necessário prescrição médica. Ele é aplicado via infusão intravenosa e, segundo a fabricante, reduz em até 70% o risco de hospitalização ou morte. Em casos graves, o medicamento não deve ser utilizado, pois pode piorar o quadro
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Assim como os corticoides, os bloqueadores dos receptores de interleucina-6 também são indicados para tratar sintomas graves da Covid-19, pois reduzem a morte pela doença. No entanto, para a utilização do medicamento é necessário prescrição médica, pois o uso indevido pode piorar o quadro do paciente
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Todos os medicamentos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são de uso restrito hospitalar e são tratamentos para pessoas que estão com coronavírus. Até o momento, nenhum remédio se mostrou eficaz para prevenir a infecção pela doença
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A pesquisadora afirma que “não basta revogar o decreto”. Ela defende é preciso um período de transição para a criação de uma coordenação nacional que crie um protocolo de medidas operacionais.
Para Raphael Guimarães, decretar o fim do estado de emergência é meramente “mudar o cenário, mas não a estratégia”. Ele critica ainda a dicotomia que foi criada entre a saúde pública e a economia. “Quando a gente troca a política pela politização, acabamos deixando de lado a tarefa central, que é diminuir as desigualdades”, afirma.