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Fiocruz investiga possível transmissão de monkeypox por superfícies

Duas enfermeiras foram contaminadas ao recolher amostras de um paciente contaminado. Enquanto estavam na casa do homem, não usaram luvas

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Ilustração vírus varíola dos macacos - Metrópoles
1 de 1 Ilustração vírus varíola dos macacos - Metrópoles - Foto: Sebastian Condrea/ Getty Images

Em um artigo que deve ser publicado na edição de dezembro da revista científica Emerging Infectius Diseases, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, cientistas relatam o caso de duas enfermeiras que parecem ter sido contaminadas com a varíola dos macacos ao ter contato sem proteção com superfícies contaminadas.

O estudo, que foi publicado em versão prévia pela entidade, conta sobre as pacientes, que apresentaram os primeiros sintomas da doença cinco dias depois de coletarem material de diagnóstico na casa de um paciente que estava no auge da transmissão. As duas usaram equipamento de proteção, mas só colocaram as luvas na hora da coleta.

Segundo os autores, as enfermeiras podem ter sido contaminadas ao encostar nos móveis da casa, e ao manusear a caixa de transporte das amostras — elas seguraram o recipiente com as luvas infectadas, e depois, sem.

Os cientistas esperam que o caso possa servir para criar protocolos mais eficientes de proteção para profissionais de saúde ao lidar com pacientes infectados. A recomendação é que se use as luvas durante toda a visita, higienize as superfícies com desinfetante efetivo, e se vacine os grupos de risco (que incluem médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório que lidam com as amostras).

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas
Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia
Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses
Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi
A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose
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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas

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Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia

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Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses

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Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi

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A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose

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A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas

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A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção

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Devido ao aumento dos casos em diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como emergência de saúde pública global

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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“Trazer à luz esse evento de transmissão por meio de superfície é importante para aprimorar as recomendações públicas voltadas para a proteção tanto dos profissionais de saúde que lidam diretamente com esses pacientes, como dos familiares e outras pessoas envolvidas nesse cuidado”, explica o pesquisador Gabriel Wallau, da Fiocruz Pernambuco, o principal autor do estudo, ao site da instituição.

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