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Fiocruz: filhos de 1 a cada 3 mulheres com zika têm problema congênito

Estudo da Fiocruz indicou que filhos de grávidas infectadas com zika tendem a apresentar algum tipo de problema causado no período pré-natal

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Mão com luva azul segurando recipiente com etiqueta de zika virus e com líquido vermelho - Metrópoles
1 de 1 Mão com luva azul segurando recipiente com etiqueta de zika virus e com líquido vermelho - Metrópoles - Foto: Sujata Jana / EyeEm/ Getty Images

Um estudo realizado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre as consequências da infecção pelo vírus zika durante a gravidez revelou novos dados sobre a contaminação. De acordo com os pesquisadores, uma a cada três crianças nascidas de mães infectadas tem algum problema congênito.

As anormalidades causadas pelo vírus se enquadram na Síndrome da Zika Congênita (SZC). Entre os problemas mais comuns está a microcefalia, que corre quando o cérebro do bebê não se desenvolve adequadamente. De acordo com os cientistas, a condição acomete uma a cada 25 crianças de mães que tiveram zika durante a gravidez.

“Esse trabalho dá uma contribuição fundamental para a compreensão das consequências para a saúde da infecção pelo vírus zika durante a gravidez. Ele reúne dados individuais de crianças nascidas de 1.548 gestantes residentes em diferentes regiões do Brasil que tiveram o diagnóstico confirmado durante a gravidez”, afirma o pesquisador Ricardo Ximenes, autor principal do estudo, em comunicado.

O cientista da Universidade de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) acrescenta que a revisão permite uma estimativa mais precisa dos riscos do zika no Brasil.

O trabalho dos pesquisadores da Fiocruz e de outras 25 instituições brasileiras foi publicado nessa segunda-feira (28/11), na revista científica The Lancet Regional Health – Americas. A análise é considerada o estudo mais amplo sobre o tema até hoje.

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