Fiocruz espera receber insumo em fevereiro para fabricar 7,5 milhões de doses de vacina
Com chegada prevista inicialmente para janeiro, o produto permitirá fabricação da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 no país
atualizado
Compartilhar notícia
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (25/1), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que deve receber, em 8 de fevereiro, o primeiro lote dos insumos necessários para a fabricação da vacina contra a Covid-19. Esta primeira remessa do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) será suficiente para a produção de 7,5 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
Segundo a Fiocruz, está previsto, em acordo com a AstraZeneca, o envio de 14 lotes de insumos, com capacidade para produzir 7,5 milhões de doses cada, com intervalo de 2 semanas entre cada remessa. A previsão inicial, que não se confirmou, era o recebimento de dois lotes ainda em janeiro, que seriam suficientes para a produção de 15 milhões de doses de vacinas.
“O primeiro lote, para a produção de 7,5 milhões de doses, está pronto para embarque, no local de fabricação, apenas aguardando a emissão da licença de exportação e a conclusão dos procedimentos alfandegários”, afirmou a fundação.
No momento, a entidade aguarda a autorização de autoridades chinesas para a exportação dos insumos. Ainda pendente, o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também é necessário para utilização do produto. Após esses trâmites, a Fiocruz poderá confirmar a data de chegada da nova remessa e, consequentemente, o prazo para que as doses fiquem prontas.
De acordo com a fundação, há um intenso esforço institucional para “minimizar o impacto sobre o cronograma de produção da Fiocruz com a não confirmação, até a presente data, da chegada do IFA”.
Em ofício encaminhado no dia 19 de janeiro ao Ministério Público Federal (MPF), a Fiocruz afirmou que, com o atraso na chegada de insumos vindos da China, a previsão de entrega das primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca teria que ser adiada para março.
A fundação negocia ainda doses de vacinas prontas, produzidas pelo Instituto Serum, na Índia. Ainda não há um quantitativo acertado, mas o processo “conta com o apoio do governo da Índia e da AstraZeneca, que vem colaborando em todo o esforço de antecipação das vacinas, frente às dificuldades alfandegárias para exportação do IFA na China”, de acordo com o comunicado.
No sábado passado (23/1), a Fiocruz finalizou a análise de segurança e liberou o uso de 2 milhões de doses vindas da Índia. O avião fretado pelo Ministério da Saúde com o carregamento desembarcou no Rio de Janeiro na noite de sexta-feira (22/1).