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Fimose na fase adulta. Entenda os perigos para a saúde do homem

Episódio no BBB22 gerou debates sobre os riscos da fimose. Excesso de pele no pênis pode causar doenças graves, como câncer

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Foto colorida de parelho reprodutor masculino
1 de 1 Foto colorida de parelho reprodutor masculino - Foto: Getty Imagens

Um episódio no Big Brother Brasil envolvendo o brother Eliezer causou barulho nas redes sociais. Os internautas acharam graça na reação da ex-sister Lina ao ver que seu colega de confinamento não era circuncidado. O assunto, entretanto, precisa ser tratado com seriedade, já que há riscos para a saúde do homem ter fimose na idade adulta.

O médico cirurgião Renato Oliveira, do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), destaca que é preciso ficar atento sobre esse excesso de pele que acomete parte dos homens. Especialista em uro-oncologia, Oliveira explica que o prepúcio é a pele que cobre a glande (cabeça do pênis). Quando a pele apresenta excesso a ponto de não ser mais possível ver a glande, a fimose é diagnosticada.

Após o nascimento e com o passar do tempo, o prepúcio começa a se separar naturalmente da glande. De acordo com Renato Oliveira, cerca de 5% dos meninos nascidos não vão conseguir ter a exposição completa da cabeça do pênis. Desses, apenas 1% vão sair da adolescência para a fase adulta mantendo a fimose.

Nos casos em que o prepúcio da criança não se separa naturalmente da glande, o indicado é aguardar pelo menos até os 2 anos. Medidas como a realização de exercícios, massagens, tentativa de exposição durante o banho e eventualmente o uso de algumas pomadas são indicadas neste período. Caso não funcionem, a cirurgia para correção terá de ser feita. O procedimento se chama circuncisão.

Riscos

Os principais riscos para homens adultos são relacionados ao processo de higiene. Uma vez que o prepúcio está em excesso, ocorre o acúmulo de secreção (esmegma) na região. Não sendo possível fazer a higienização adequada, aumentam as chances de infecções e inflamações locais, além de deixar o paciente mais suscetível à infecção pelo HPV, vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas.

A fimose associada ao HPV pode acarretar futuramente no aumento de incidências de lesões precursoras do câncer de pênis ou até mesmo o próprio câncer, alerta o especialista.

O problema também prejudica o ato sexual pela dificuldade de exposição da glande, podendo afetar a ereção e causar dores.

Na cirurgia para remoção do excesso de pele, o médico retira o excesso do prepúcio, deixando a glande exposta. É um procedimento considerado simples, feito com anestesia local e sedativos. A recuperação ocorre entre sete e 10 dias.

(*) Shyrlem Barbosa é estagiária do Programa Mentor e está sob supervisão da editora Maria Eugênia

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