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Fim dos ratos em experimentos? Lagartas podem substituir os roedores

Segundo os cientistas, estudos em ratos são mais caros e demorados, e as lagartas têm várias similaridades com o organismo humano

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Imagem de lagarta verde em galho de madeira - Metrópoles
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Camundongos e ratos têm sido cobaias em experimentos médicos há décadas, inclusive para entender o câncer e testar a segurança e eficácia de vários medicamentos. No entanto, os roedores podem ser substituídos em um futuro próximo.

Cientistas do Sloan Kettering Institute, Hospital do Câncer de Nova York, estão trabalhando para desenvolver alternativas que diminuam o número de mamíferos nas pesquisas biomédicas.

Uma nova opção para estudar a inflamação intestinal, fator de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, são as lagartas. Os resultados foram demonstrados em um artigo publicado na Nature Communications, em novembro do ano passado, com colaboradores de várias universidades na Alemanha e na Suíça.

Por que lagartas?

Um dos co-autores do estudo, o médico nuclear e radiologista Jan Grimm, explica que as lagartas foram utilizadas como via alternativa aos ratos por apresentarem alto grau de semelhança com a estrutura e a fisiologia do intestino humano.

De acordo com os pesquisadores, as lagartas são basicamente apenas um intestino longo, tornando-as excelentes modelos para estudar doenças inflamatórias intestinais.

Além disso, como cerca de 75% dos genes causadores de doenças conhecidas nos seres humanos tem contrapartes em insetos, as lagartas podem ser úteis em futuras pesquisas pré-clínicas para outras condições — câncer, diabetes, neurodegeneração e infecções são alguns exemplos.

Grimm diz ainda que, mesmo as lagartas tendo aproximadamente o tamanho do dedo de um adulto, é possível usá-las em exames de imagem.

Outro motivo para a substituição é que os experimentos em lagartas enfrentam menos burocracia, pois elas são seres invertebrados, acelerando significativamente a pesquisa, segundo o médico.

Além disso, os mamíferos têm um crescimento muito lento e são caros de abrigar em comparação com os invertebrados. Portanto, esses experimentos podem ser feitos com um custo muito menor.

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