Fígado de boi: saiba quem não pode comer e contraindicações
O fígado de boi é um alimento que divide opiniões, mas ele também pode colocar a saúde de algumas pessoas em risco. Entenda
atualizado
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O fígado de boi é um dos alimentos mais polêmicos da culinária brasileira: há quem deteste até seu cheiro, mas muitas famílias brasileiras apreciam a proteína não só pelo gosto, mas também pelas suas propriedades nutricionais.
O fígado é muito rico em vitaminas e mineirais, especialmente o ferro, por isso costuma ser recomendado para pessoas com anemia. Entretanto, não é todo mundo que pode incluir o corte no prato.
Quem não pode comer fígado?
Apesar de considerar o alimento uma boa fonte de nutrientes, a nutricionista Tatiane Araújo, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera de Ipatinga (MG), alerta para cuidados em seu consumo.
“Pacientes que já têm uma alimentação rica em alimentos fontes de vitamina A, como os vegetais laranjas, não devem comer fígado para não correr o risco de uma hipervitaminose, que pode comprometer o funcionamento do organismo”, afirma Tatiane.
A especialista alerta, além disso, que para indivíduos com problemas hepáticos diagnosticados, como o excesso de gordura no fígado, o consumo da proteína deve ser moderado. “Pacientes com gota também podem ter efeitos negativos”, completa a professora. A doença é causada pelo excesso de ácido úrico no sangue, substância presente especialmente no fígado.
O nutricionista Isaac Nunes, de Brasília, também aconselha que pessoas com problemas relacionados ao excesso de gordura no organismo evitem o consumo da carne.
“Quem tem o colesterol bem alto só pode consumir fígado no máximo três vezes por semana. A proteína tem uma quantidade alta de colesterol, mas é um excelente alimento com uma variedade de vitaminas e minerais em níveis interessantes”, explica Isaac.
Fígado tem muitas toxinas?
Embora a carne tenha suas restrições de consumo, os nutricionistas alertam que o fígado não é rico em toxinas e não faz mal à saúde. Segundo eles, a proteína não apresenta níveis especialmente altos de substâncias prejudiciais, mesmo que o órgão tenha o objetivo de filtrar toxinas diversas no corpo.
“De forma geral, essas toxinas do fígado não são armazenadas, elas são excretadas. Se a pessoa compra o fígado de um animal saudável e criado dentro das normas regulamentadas, não há problema nenhum. Os padrões de qualidade servem para evitar que consumamos o órgão de animais que fizeram um uso excesivo de medicamentos e outras substâncias químicas que podem prejudicar a qualidade da carne”, conclui Tatiane.
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