Fifa e OMS se unem e usam futebol para pedir igualdade no acesso às vacinas
Presidente da federação internacional diz que é preciso usar o poder do esporte para ajudar, de forma responsável, a terminar com a pandemia
atualizado
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O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, divulgou, em entrevista coletiva com a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (1º/2), que a entidade usará o Mundial de Clubes para promover a importância do acesso igualitário às vacinas contra Covid-19, tratamento e diagnósticos.
“Estamos no mesmo time que a OMS, e a Fifa está honrada em fazer parte da iniciativa global para proteger as pessoas e acabar com a pandemia. A beleza do futebol é que é um esporte aberto a todos e essa característica, junto ao espírito de equipe, é essencial. Se agirmos juntos, como um time, podemos ganhar a partida contra o coronavírus”, diz.
Serão veiculados vídeos promocionais com os capitães de todos os times, pedindo que os torcedores sigam as medidas de segurança para conter o avanço do vírus. Mensagens de jogadores e técnicos também serão transmitidas e postadas nas redes sociais da FIFA e da OMS.
Segundo Infantino, o objetivo da entidade é usar o poder do esporte para passar uma mensagem sobre a necessidade de união para acabar com a pandemia. “Temos que usar isso de forma responsável. Queremos ajudar. Muitas crianças escutam mais se for uma lenda do futebol falando que é preciso lavar as mãos. Precisamos usar esse poder para servir à comunidade”, afirma.
O ex-jogador Michael Owen, vencedor da Bola de Ouro de 2001, também participou da coletiva de imprensa, e lembrou que o futebol deve dialogar com a sociedade e ter um posto de liderança.
“A saúde vem primeiro. Como indivíduos, devemos continuar a lavar as mãos, manter o distanciamento, abrir uma janela se em ambientes fechados, cobrir nariz e boca ao tossir e usar máscara”, pediu o inglês, que hoje é um dos jogadores “lendários” da Fifa.
Copa de 2022 e a Covid-19
Questionado sobre se as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 são importantes o suficiente para merecer o risco de contaminar os jogadores, equipe técnica e juízes, o presidente da Fifa afirma que o protocolo de segurança para garantir a segurança nos jogos está sendo desenvolvida, e que a entidade quer preservar a saúde de todos os envolvidos.
“Temos um protocolo, e vamos segui-lo. Não vamos correr nenhum risco. A situação é diferente em cada país e vamos continuar monitorando”, explica. Ele diz ainda que não é a favor de que os atletas passem na frente na fila da vacina, e frisou que pessoas em risco e profissionais de saúde devem ser imunizados primeiro.
Infantini se disse confiante para uma Copa do Mundo de estádios lotados em 2022. Ele acredita que a pandemia já estará terminada até o começo dos jogos do Qatar, e que a competição será “incrível e mágica”, unindo o mundo depois de mais de um ano de restrições.