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Fibromialgia pode aumentar risco de morte prematura, diz pesquisa

Pesquisa publicada em revista científica do grupo BMJ mostra que o risco de morte prematura é maior para pacientes com fibromialgia

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1 de 1 Foto colorida mostra a cantora Lady Gaga - Metrópoles - Foto: Westfield/Reprodução

Os pacientes que sofrem de fibromialgia correm maior risco de morrerem prematuramente, afirma pesquisa publicada na revista Rheumatic & Musculoskeletal Diseases, do grupo BMJ.

Ao revisar 8 estudos importantes sobre essa condição de saúde, os pesquisadores perceberam que os pacientes com fibromialgia tinham um risco 27% aumentado de morte por todas as causas ao longo do tempo. Os dados partem de informações médicas de 188 mil pessoas.

De acordo com os resultados, além de serem mais vulneráveis a acidentes e infecções, os pacientes também tinham maior probabilidade de morrerem por suicídio.

O que é fibromialgia

A fibromialgia é uma condição neurológica que causa dor generalizada no corpo. A causa para o problema de saúde ainda não está estabelecida, o que faz com que o diagnóstico costume tardar anos e os tratamentos disponíveis sejam inespecíficos.

Sem o diagnóstico e/ou tratamento, é comum que os pacientes passem meses ou anos convivendo com a dor e tenham a qualidade de vida prejudicada, apresentando cansaço excessivo, problemas de sono e transtornos psicológicos.

Entre os pacientes com a doença, o caso de Lady Gaga é um dos mais célebres, tendo a cantora já cancelado shows em turnês por conta das dores crônicas.

O documentário sobre a vida da cantora, chamado “Five Foot Two”, lançado em 2017, contém cenas dos bastidores em que é possível vê-la lidando com a fibromialgia.

Problema de saúde pública

De acordo com os autores da pesquisa, o aumento da mortalidade dos pacientes com fibromialgia decorrente de acidentes pode decorrer de fadiga, sono não reparador e das dificuldades de concentração que acompanham a doença.

As mesmas circunstâncias de vida podem provocar transtornos psicológicos que expliquem a maior taxa de suicídios no grupo.

Os autores do trabalho reforçam a necessidade de que a doença receba mais atenção da comunidade médica.

“A fibromialgia costuma ser chamada de ‘condição imaginária’, com debates contínuos sobre a legitimidade e a utilidade clínica desse diagnóstico. Nossa revisão fornece mais uma prova de que os pacientes com fibromialgia devem ser levados a sério, com foco particular na triagem de ideação suicida, prevenção de acidentes e prevenção e tratamento de infecções”, afirmam.

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