5 maneiras inusitadas de proteger a saúde reprodutiva
Especialista em fertilidade destaca que aquilo que é bom para coração, mente e sistema imunológico, fará bem para o sistema reprodutivo
atualizado
Compartilhar notícia
Uma das formas mais tradicionais de proteger a fertilidade é adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares. Porém, até mesmo a maneira como se prepara os alimentos em casa e a procedência da água consumida no dia a dia influenciam na capacidade de se reproduzir.
“Uma regra simples é a seguinte: o que é bom para o coração, a mente e o sistema imunológico, também é benéfico para a capacidade do sistema reprodutivo”, afirma a epidemiologista reprodutiva e ambiental Shanna H. Swan, autora do livro Contagem regressiva (Alaúde, 2023).
Ela aponta cinco hábitos para proteger a saúde reprodutiva. Confira:
1. Fique longe da fumaça do cigarro
O cigarro é tóxico para o esperma, e a nicotina, o cianeto e o monóxido de carbono aceleram o envelhecimento dos óvulos, o que também afeta a fertilidade.
Ainda que você não fume, conviver com tabagistas e respirar as mesmas substâncias tóxicas (o chamado fumante passivo) pode afetar a saúde reprodutiva. Portanto, se mora com um fumante, incentive-o a parar ou peça para parar de fumar dentro de casa.
2. Sempre que possível, compre produtos orgânicos
Optar por produtos orgânicos, mesmo que sejam mais caros, é uma forma de investir na saúde para evitar a ingestão de vestígios de pesticidas ou ingredientes inertes, como aditivos químicos que deixam o plástico mais maleável.
3. Alimentos frescos em vez de ultraprocessados
Priorize frutas, legumes, hortaliças, leguminosas, sementes e peixes. Além de serem mais nutritivos, alimentos frescos reduzem a exposição a produtos químicos presentes nas embalagens, por exemplo.
O BPA é uma substância tóxica hidrossolúvel que pode gerar consequências como abortos e anomalias no feto, além de tumores no trato reprodutivo, câncer de próstata e de mama. Fique atento, pois produtos com o rótulo de BPA livre podem conter BPS e BPF, que são igualmente nocivos.
4. Prepare as refeições em casa com maior frequência
Comer fora ou pedir comida para entrega são práticas associadas a níveis mais altos de substâncias químicas no corpo, por causa do material usado no acondicionamento dos alimentos ou das luvas de manipulação usadas por quem fez a comida.
“Um estudo comprovou que adolescentes acostumados a comer habitualmente fora de casa tinham níveis 55% maiores de produtos químicos de desregulação endócrina no sangue do que os que comiam em casa”, conta Shannah.
5. Filtre água potável
“Mesmo que você confie no serviço de abastecimento da sua cidade, comprar um filtro para a sua casa continua a ser uma boa ideia. Produtos químicos, agrícolas e farmacêuticos podem estar presentes na água sem monitoramento das companhias”, recomenda Shannah.
Ela alerta que nem as opções engarrafadas são confiáveis, devido aos recipientes de plástico que podem liberar quimícos que influenciam na fertilidade. “Invista no tratamento do líquido para sua casa e leve uma garrafa de vidro ou aço inoxidável quando precisar”, diz a especialista.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.