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Ferida que sangra e não cicatriza pode sinalizar um câncer de pele 

O carcinoma basocelular é o tipo mais comum de câncer de pele e o tratamento precoce resolve o problema definitivamente

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Foto colorida de uma mulher examinando a pele de uma pessoa - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de uma mulher examinando a pele de uma pessoa - Metrópoles - Foto: Getty Images

Sabe aquela feridinha no seu rosto que parece simples, que não incomoda em nada, mas insiste em sangrar e não cicatriza? Cuidado. Ela pode indicar um carcinoma basocelular – o tipo de câncer de pele mais comum na população e o de menor mortalidade. Apesar disso, se não tratado adequadamente, ele pode aumentar de tamanho e deixar mutilações significativas e indesejadas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que sejam diagnosticados de 2 a 3 milhões de novos casos de câncer de pele não melanoma todos os anos no mundo.

“O câncer de pele, independentemente do tipo, é o mais comum no ser humano. Não existe outro câncer que chegue próximo do número de casos de câncer de pele, nem mesmo de próstata ou de mama, que são os mais falados. Pode parecer esquisito, mas uma hora ou outra, provavelmente, a gente vai descobrir um câncer de pele”, alertou o dermatologista Andrey Malvestiti, do Hospital Israelita Albert Einstein.

De acordo com o médico, os adultos que hoje têm por volta de 40 anos são de uma geração que na infância foi muito exposta à radiação solar sem proteção – quando viajava para a praia, por exemplo, “trocava” de pele (descascavam) com frequência. “Somos de uma geração que foi chumbada pelo sol ao longo da vida, numa época em que pouco se falava sobre os efeitos danosos do sol para a pele e menos ainda sobre a importância do uso de protetor solar. Por isso é tão comum esse tipo de câncer”, disse o dermatologista.

Existem muitos tipos de câncer de pele, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular (que representa cerca de 80% dos casos), o carcinoma espinocelular (cerca de 15%) e o melanoma (que corresponde a aproximadamente 5% dos casos).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os cânceres de pele não melanoma representam 30% de todos os tumores malignos registrados no país, ou seja: três em cada dez casos de cânceres diagnosticados aqui são de pele. “O lado bom dessa história é que a maioria, especialmente o basocelular, não é agressiva e é altamente tratável e curável com a cirurgia”, disse Malvestiti.

Como desconfiar?

Todo câncer de pele começa por causa da reprodução desordenada de alguma célula da pele. O carcinoma basocelular – como o próprio nome diz – tem origem na camada basal da epiderme, que é mais fina e mais externa. Trata-se de uma lesão maligna de crescimento muito lento, por isso, pode ser que as pessoas passem anos da vida sem saber que têm um câncer de pele.

Em geral, o carcinoma basocelular costuma afetar mais os homens do que as mulheres, atinge mais comumente as pessoas de pele mais clara e é mais frequente em adultos com mais de 40 anos, com exceção dos que já possuem alguma doença de pele. Ele costuma aparecer nas áreas mais expostas à radiação solar, especialmente no rosto, nas orelhas e nos membros (braços e pernas).

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma

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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara

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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos

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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado

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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma

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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga

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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas

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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento

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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia

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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”

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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”

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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais

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Segundo Malvestiti, o sangramento aparentemente sem importância é o principal sinal de alerta e costuma ser o motivo que leva as pessoas a procurarem o dermatologista. Isso acontece porque as células cancerígenas precisam de sangue para se nutrir e continuar crescendo – então a região do tumor costuma ser mais vascularizada. Além disso, o tecido que recobre o tumor após o sangramento é mais frouxo do que o tecido da pele saudável, por isso, qualquer toque mais forte faz com que ele sangre.

“Se uma feridinha na pele não cicatrizou completamente em duas ou três semanas e sangra com facilidade, procure um médico. É muito raro um machucado que não cicatrize em um mês”, alertou o dermatologista.

O diagnóstico é confirmado por meio da biópsia, mas um dermatologista experiente costuma identificar durante a consulta quando se trata de um carcinoma basocelular por meio das características clínicas e da análise da lesão com o uso do dermatoscópio – uma lente que aumenta dez vezes a imagem.

“Após a biópsia, se for confirmado que é um tumor, eu sempre digo aos meus pacientes que tenho duas notícias. A notícia ruim é que é um câncer de pele e precisa ser tratado. A boa notícia é que o carcinoma basocelular não dá metástase (ela pode acontecer muito raramente, em menos de 0,01% dos casos), o que significa que ele não se espalha para outras partes do corpo. Porém ele não para de crescer. Se a pessoa não tirá-lo, ele pode aumentar e causar problemas funcionais, como atrapalhar a visão. Sem falar do risco estético, pois, quanto maior o tumor, mais complexa é a cirurgia para removê-lo e mais cicatrizes existirão”, alertou o médico do Einstein.

O tratamento de escolha padrão ouro do carcinoma basocelular é cirúrgico – normalmente feito em consultório, com anestesia local. O objetivo é retirar completamente a lesão e o tecido ao redor, como uma margem de segurança. Outros recursos terapêuticos menos usados são a criocirurgia (também conhecida como crioterapia) com nitrogênio líquido, laserterapia, curetagem, eletrocoagulação e radioterapia – eles são indicados para casos específicos.

A prevenção, ressalta Malvestiti, inclui proteger a pele da exposição solar com o uso do filtro solar diariamente e evitar ficar no sol entre 10 e 14 horas, além de tomar outras medidas de barreira, como usar óculos de sol, boné, chapéu, blusas de manga comprida e proteção ultravioleta.

Também é importante que as pessoas incluam a visita de rotina ao dermatologista pelo menos uma vez ao ano, mesmo sem sintoma nenhum. “Na consulta, o ideal é que elas tirem a roupa para que o médico possa avaliar o corpo todo, incluindo as costas e as pernas. Pode ser que o paciente tenha um câncer e nem saiba simplesmente porque não consegue enxergá-lo”, finalizou o médico. (Fonte: Agência Einstein) 

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