Feminização facial: como é a cirurgia para pessoas trans
Procedimentos cirúrgicos para o rosto têm sido cada vez mais procuradas por pessoas em transição de gênero
atualizado
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As cirurgias de feminização facial – que amenizam traços do rosto para torná-lo mais feminino – têm sido cada vez mais procuradas por pessoas trans que estão passando pelo processo de transição sexual. No último sábado (6/8), a cantora e ex-BBB Linn da Quebrada apareceu com curativos na face mostrando os resultados do procedimento que se submeteu para afirmação de gênero.
A cirurgia de feminização facial pode ser realizada em várias etapas, dependendo das diferentes intervenções a serem feitas nas regiões da face, testa e pescoço. As pacientes costumam solicitar, por exemplo, que o médico as deixe com bochechas mais pronunciadas – esse procedimento se chama lipoenxertia. Também é comum ressaltar os olhos, tornando as sobrancelhas mais arqueadas, diminuir a testa e amenizar o pomo-de-adão.
“A feminização facial é a primeira etapa do processo de transição de gênero. Nela, muda-se a estrutura dos ossos do crânio e da face, lixando os maxilares e a testa para deixá-los menores. Também se mexe nos lábios, orelhas e nariz”, explica o cirurgião José Carlos Martins, diretor do Transgender Center Brazil, clínica que tem como especialidade cirurgias de transição.
A recuperação de uma cirurgia de feminização facial gira em torno de 10 a 15 dias. A conta depende dos honorários da equipe que executa os serviços e dos procedimentos escolhidos pelo paciente, mas costuma variar entre R$ 40 mil e R$ 70 mil.
O segundo passo do processo de transição de gênero é a feminização corporal. Após fazer o uso de hormônios, a pessoa trans pode optar por processos que a deixem com contornos mais femininos no corpo. “A feminização corporal inclui a colocação de próteses mamárias e de glúteos, lipoaspirações e lipoesculturas”, detalha o médico.
Por último, pode ser feita a redesignação sexual ou mudança de sexo, que consiste na transformação do aparelho genital masculino em feminino. Ao todo, José conta que já atendeu mais de 500 pacientes de todo o país. A maioria deles, segundo o cirurgião, são pessoas biologicamente do gênero masculino, mas que se identificam como mulheres.
Nem sempre a transição inclui as três etapas e os procedimentos de feminização facial costumam ser os mais procurados.