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Febre oropouche: quem está no grupo de risco da nova doença?

Os casos de febre oropouche estão se espalhando pelo país. Saiba mais sobre a doença, seus sintomas e forma de transmissão

atualizado

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INPA/Reprodução/L.P.C. Carvalho
Imagem de microscópio retrata o mosquito Culicoides paraenses, transmissor da febre oropouche - Metrópoles
1 de 1 Imagem de microscópio retrata o mosquito Culicoides paraenses, transmissor da febre oropouche - Metrópoles - Foto: INPA/Reprodução/L.P.C. Carvalho

O alerta da comunidade científica em torno da febre oropouche segue em escalada após as primeiras mortes pela doença no mundo terem sido registradas no Brasil. Apenas nos seis primeiros meses deste ano, já foram anotados 7,5 mil casos da doença, número sete vezes maior do que o total de infecções de 2023.

Endêmica na região da Amazônia, a febre oropouche está se espalhando por outros estados. Amazonas e Rondônia registram a maior parte dos diagnósticos, mas Bahia e o Espírito Santo também estão vivendo surtos.

Um artigo escrito pela equipe do pesquisador Felipe Gomes Naveca, chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), apontou ma nova linhagem do vírus é a responsável pelo atual surto.

O que é a febre oropouche?

A febre oropouche é uma doença viral descoberta nos anos 1950. Ela é transmitida por um inseto conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Suspeita-se que, no surto atual, o pernilongo comum também esteja agindo como vetor do vírus.

A oropouche causa febre, mal-estar, fadiga, dores musculares e desconfortos intestinais, quadro bem parecido com o da dengue. Em casos raros, o quadro pode evoluir para meningite e febre hemorrágica.

“Os sintomas mais preocupante de oropouche são queda de pressão, confusão mental, diminuição da frequência de urina, falta de ar e sangramentos”, alerta o infectologista Alexandre Cunha, do Sabin Diagnóstico.

A doença não tem um tratamento específico: o que é indicado pelos médicos é o manejo dos sintomas.

O infectologista Leonardo Weissmann, professor do curso de Medicina da UNAERP, alerta para a necessidade dos profissionais de saúde que estão na linha de frente dos atendimentos serem capacitados sobre a nova doença. “Precisamos da atualização das estratégias de manejo clínico e de orientações sobre a gravidade potencial da doença. Os médicos precisam identificar rapidamente os casos, pois a evolução do vírus pode levar a um desfecho ruim”, alerta.

Foto mostra mosquitos em análise em laboratório
Mosquito maruim é o principal transmissor da febre oropouche

Quem deve se preocupar mais?

Os infectologistas alertam que a quantidade de pesquisas feitas sobre a doença ainda é pequena. As gestantes, porém, parecem ser o principal grupo de risco.

Os pesquisadores relacionaram casos recentes de microcefalia em bebês com a ocorrência de febre oropouche em gestantes, um fenômeno semelhantes ao que aconteceu durante a epidemia da zika no Brasil.

“O Ministério da Saúde indica que a doença pode ter uma transmissão vertical, quando é passada de mãe para filho, causando complicações perigosas, incluindo a malformação fetal”, afirma Naveca.

Segundo as informações disponíveis, os idosos e as crianças imunocomprometidas também correm risco de quadros mais graves da doença.

Saiba como se proteger da febre oropouche

As medidas de prevenção são as mesmas de outras doenças causadas por picadas de mosquitos:

  • uso de repelentes,
  • de roupas que cubram pernas e braços quando em matas;
  • além de tomar precauções adicionais em regiões onde há surtos.

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