Febre oropouche: Saúde alerta gestantes para risco de microcefalia
Quatro casos de microcefalia e um abortamento foram identificados, indicando transmissão da febre oropouche da gestante para os bebês
atualizado
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O Ministério da Saúde publicou um alerta sobre os riscos da febre oropouche para gestantes. A medida foi tomada depois de o Instituto Evandro Chagas (IEC) detectar anticorpos do vírus em quatro casos de microcefalia em recém-nascidos e um abortamento.
Os casos indicam o risco de transmissão vertical, ou seja, a passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação. No entanto, o ministério pondera que ainda não é possível confirmar a relação entre a infecção com o óbito e as malformações neurológicas.
“Significa que o vírus é passado da gestante para o feto, mas não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas”, considera a pasta em nota divulgada na quinta-feira (11/7).
O Ministério da Saúde orienta os estados e municípios a intensificarem a vigilância para a possibilidade de transmissão vertical do vírus Oropouche, especialmente nos meses finais da gestação, além de monitorarem os bebês de mulheres que tiveram infecções por dengue, zika, chikungunya ou febre oropouche.
As autoridades de saúde também devem alertar a população sobre medidas de proteção a gestantes, como evitar áreas com a presença de maruim e mosquitos, instalar telas em portas e janelas, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente.
Febre oropouche
A febre oropouche é uma doença causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) transmitido pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
A infecção viral causa sintomas muito parecidos com os da dengue e da chikungunya, o que pode confundir o diagnóstico. Os pacientes costumam relatar dor de cabeça, febre, mal-estar, fadiga, dores musculares e nas articulações, náusea e diarreia.
Aumento de casos no Brasil
Pelo menos 7.044 casos da febre do oropouche foram confirmados no Brasil entre janeiro e a primeira semana de julho deste ano.
Eles foram confirmados nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
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