1 de 1 Foto mostra prato com os talheres e comidas dispostos de forma que lembra um relógio de ponteiro, ilustrando o hábito de jejum intermitente
- Foto: Getty Images
Um novo estudo sobre jejum intermitente sugere que as pessoas que praticam a dieta restritiva correm maior risco de desenvolver infecções, doenças cardíacas e até mesmo câncer.
Os prejuízos à saúde aconteceriam porque o hábito de pular refeições desencadeia uma resposta no cérebro que afeta negativamente as células imunológicas, levando o corpo a um processo inflamatório.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores do Hospital Monte Sinai, dos Estados Unidos, analisaram a resposta de camundongos ao modelo de alimentação.
Eles descobriram que pular a primeira refeição fez com que a contagem de monócitos, os glóbulos brancos produzidos na medula óssea caísse em até 90% nos ratos. Essas células compõe uma parte importante do sistema imunológico, atuando na defesa do corpo contra organismos infecciosos e substâncias estranhas.
“Há uma consciência crescente de que o jejum é saudável e, de fato, há evidências abundantes dos benefícios dele. No entanto, nosso estudo fornece uma palavra de cautela, pois sugere que também pode haver um custo que acarreta um risco à saúde”, afirmou o principal autor da pesquisa, o imunologista Filip Swirski, em comunicado à imprensa.
Processo inflamatório
Publicado na revista Immunity nessa quinta-feira (23/2), o estudo foi feito com dois grupos de camundongos. O primeiro foi alimentado logo após acordar e o segundo fez jejum. Os ratos tiveram amostras de sangue coletadas assim que acordaram, após quatro e oito horas.
No início, todos tinham a mesma quantidade de monócitos. Depois de quatro horas, os glóbulos brancos dos camundongos do grupo em jejum foram drasticamente afetados: cerca de 90% deles desapareceu da corrente sanguínea e o número diminuiu ainda mais após oito horas.
Os pesquisadores observaram que os glóbulos brancos dos ratos em jejum voltaram para a medula óssea e a produção de novas células de defesa foi reduzida. A contagem do grupo sem jejum, por outro lado, não foi afetada.
Dietas para perda de peso
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências
Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição
Anna Pelzer/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
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Dieta Jenny Craig A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamento
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Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas
Amoon Ra/Unsplash
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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos
iStock
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio
Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Crua Não é novidade, já que foi criada nos anos 1800, mas a dieta inclui, como o nome diz, alimentos que não foram cozidos, processados, irradiados, geneticamente modificados ou expostos a pesticidas ou herbicidas: até 80% do consumo diário deve ser baseado em plantas e nunca ser aquecido acima de 46 graus Celsius.
Marine Dumay/Unsplash
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
iStock
Os animais continuaram em jejum por 24 horas e, então, tiveram a alimentação reintroduzida. As células escondidas na medula óssea voltaram à corrente sanguínea, levando a um nível elevado de inflamação. Os glóbulos brancos agora não agiam mais como protetores, eram agentes inflamatórios.
“O estudo mostrou que, por um lado, o jejum reduz o número de monócitos circulantes, o que pode ser considerado bom, já que essas células são componentes importantes da inflamação. Por outro lado, a reintrodução de alimentos cria um surto de monócitos que retornam ao sangue, o que pode ser problemático. O jejum, portanto, regula esse pool de maneiras que nem sempre são benéficas para a capacidade do corpo de responder a um desafio como uma infecção”, explica Swirski.
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