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Fake news: mensagem que diz que suco de inhame corta dengue é falsa

Informação que está circulando no WhatsApp não tem embasamento científico. Médico alerta para perigos de soluções milagrosas

atualizado

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Divulgação/Arquivo Agência Brasil
1 de 1 - Foto: Divulgação/Arquivo Agência Brasil

A divulgação de informações diversas em grupos de WhatsApp é muito comum. No entanto, quando o assunto é saúde, acreditar em informações falsas representa risco de morte. Justamente nesta época do ano, quando os casos de dengue são muito frequentes, há um texto circulando nas redes sociais atribuindo à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) a descoberta de que a ingestão de suco de inhame cortaria os efeitos da doença. A informação é falsa.

Reprodução Whatsapp
Segundo Luciano Lourenço, clínico geral e coordenador da emergência do Hospital Santa Lúcia, apesar de ser um alimento altamente nutritivo, o inhame não tem qualquer ação direta no tratamento de uma pessoa infectada com dengue.

“A dengue é uma doença com evolução muito rápida. Qualquer um dos quatro tipos da doença pode migrar para um quadro mais grave, que é o de dengue hemorrágica. Não podemos deixar que as pessoas acreditem em informações falsas como essa e deixem de buscar tratamento acompanhado por um médico”, alerta.

Os sintomas da dengue incluem febre, cansaço, dores de cabeça e no fundo dos olhos. Não há tratamento específico, sendo recomendado repouso, analgésicos, antitérmicos e manter-se bem-hidratado.

O clínico geral afirma que é importante dar ao corpo subsídios para que ele combata a evolução da doença, por isso, repouso, alimentação saudável e ingestão de pelo menos três litros de água por dia são essenciais.

Segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o Distrito Federal e 12 estados e já atingiram níveis epidêmicos de dengue neste ano. A alta de infectados nessas unidades da Federação fez o país entrar em situação de epidemia, quando o índice de ocorrência da doença ultrapassa 300 casos a cada 100 mil habitantes.

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