Exercício pesado protege cérebro de quem tem pressão alta, diz estudo
Prática vigorosa de exercícios físicos pode manter a saúde do cérebro mesmo em grupo que tem alto risco de demência
atualizado
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Pessoas com pressão alta têm um risco até 45% maior de desenvolver demência do que indivíduos sem hipertensão. Uma pesquisa publicada na revista Alzheimer’s & Dementia em 6 de junho, no entanto, indica que há um caminho simples para proteger o cérebro desses pacientes do declínio cognitivo.
O exercício físico de alta intensidade foi capaz de preservar a cognição em pessoas com pressão alta. O estudo, chefiado por médicos da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, apontou que manter uma rotina de atividade física moderada a pesada por ao menos 15 minutos uma vez por semana levou a uma queda no declínio cognitivo.
Os pesquisadores apontaram como exemplos de atividades vigorosas a prática de corrida, subir escadas ou técnicas avançadas de respiração.
A pesquisa foi feita com 9,3 mil adultos com mais de 50 anos que tinham pressão alta. Ela deriva de um estudo publicado em 2015 que comprovou a necessidade do controle intensivo e medicamentoso da pressão alta para reduzir o risco de morte por doenças cardiovasculares.
Exercício diminuiu relatos de declínio cognitivo
A nova pesquisa analisou os dados dos participantes para entender a relação deles com a prática de atividades físicas vigorosas por ao menos 15 minutos e uma vez por semana.
Entre os participantes, 60% faziam alguma atividade física que se enquadrava nos critérios mínimos dos médicos e foram estes os que tiveram menos relatos de declínio cognitivo ao longo da pesquisa original (2009-2014).
Entre os que se exercitavam, apenas 8,7% desenvolveram comprometimento cognitivo em comparação com 11,7% do grupo que ficou parado. Como não foram feitas perguntas mais aprofundadas sobre a rotina de exercícios, os pesquisadores não puderam comprovar se fazer mais exercícios que o mínimo aumentaria o benefício, mas eles acreditam que sim.
No entanto, a equipe de médicos descobriu que o impacto protetor do exercício vigoroso era mais pronunciado para aqueles com menos de 75 anos. Ainda assim, o líder do estudo, o médico Richard Kazibwe, considerou como positivas as descobertas também para idosos.
“É uma boa notícia que um número maior de idosos esteja praticando exercícios físicos. Percebemos que até entre maiores de 75 anos há uma maioria de pessoas que se exercitam. Por menor que seja o benefício em um aspecto, ele sempre existe no todo”, explica Kazibwe ao site da Universidade;
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