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Exercício físico pós bariátrica contribui no controle da fome. Entenda

Os pesquisadores da USP acompanharam 30 mulheres que fizeram a cirurgia bariátrica durante nove meses

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Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a prática de atividade física por pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica estimula a diminuição do apetite e da fome e o aumento da saciedade. O artigo foi publicado na revista científica International Journal of Obesity em dezembro de 2022.

Os cientistas mostraram que a prática de exercícios físicos iniciada três meses após a cirurgia tem efeitos em redes cerebrais associadas ao consumo alimentar, que são modificadas pela obesidade.

O estudo envolveu 30 mulheres entre 18 e 60 anos que realizaram a bariátrica, e durou nove meses. Três meses após o procedimento, metade das participantes foi instruída a praticar exercícios físicos sob orientação profissional durante seis meses. Elas se exercitavam três vezes por semana com treinos de resistência e aeróbicos. A outra metade, por outro lado, não fez nada.

Para analisar o efeito que a prática de atividade física causaria nas mulheres recém-operadas, os pesquisadores fizeram um exame de ressonância magnética funcional: o teste mostra a ativação de regiões do cérebro durante o exercício. O grupo de controle também passou pelo mesmo processo, que foi realizado no início do estudo, após seis meses e, por último, no final dos nove meses.

Com a análise dos exames, os autores do estudo observaram que o grupo que se exercitou apresentou uma maior ativação no núcleo hipotalâmico medial, região relacionada à supressão do apetite e ao aumento do gasto energético, enquanto o grupo de controle não teve diferença nos exames.

O pesquisador Bruno Gualano, que autor correspondente da pesquisa, explica que estudos anteriores já demonstraram que pacientes da cirurgia bariátrica apresentam inúmeras alterações cerebrais, como a melhora do controle de apetite, fome e saciedade. O novo levantamento mostra que os exercícios físicos potencializam essa resposta.

Gualano acrescenta que a regulação do consumo energético é controlada por múltiplos sinais internos e externos, e pessoas obesas apresentam desregulações importantes na ativação e comunicação de regiões cerebrais associadas com a fome e a saciedade.

“Neste estudo, verificamos que o exercício físico contribui com a cirurgia bariátrica na ‘normalização’ dessas redes complexas no sentido de melhorar o controle central do consumo de alimentos”, afirma.

O grupo de pesquisadores pretende agora estudar os efeitos da combinação entre exercícios e dieta com outras estratégias para emagrecimento, como medicamentos contra a obesidade.

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