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Exame de sangue pode detectar Alzheimer 10 anos antes, diz estudo

Segundo pesquisadores alemães, mudanças nos níveis de proteína podem indicar danos neurológicos com uma década de antecedência dos sintomas

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Kubkoo/iStock
People silhouettes, adult and child. Vector ilustration.
1 de 1 People silhouettes, adult and child. Vector ilustration. - Foto: Kubkoo/iStock

O Alzheimer é uma doença complicada: além de a ciência ainda não ter desvendado maneiras eficientes de segurar o avanço ou eliminar completamente a enfermidade, os sintomas são duros. Os pacientes podem experimentar confusão mental, dificuldade de compreensão, delírio, desorientação, esquecimento, perda de memória recente, mudanças de personalidade, alucinações, paranoia, incontinência urinária e fala embaralhada. Importante ressaltar que, antes de qualquer um desses problemas aparecer, a degeneração cerebral já vem ocorrendo há anos.

Com o intuito de agilizar o diagnóstico e o tratamento, pesquisadores do Centro Alemão para Doenças Neurodegenerativas em Tübingen procuraram maneiras diferentes de descobrir a degeneração o mais rápido possível. E encontraram. Eles identificaram uma proteína chamada NfL, na sigla em inglês, que fica dentro dos neurônios e vaza quando as células neurais começam a apresentar danos, aparecendo na corrente sanguínea. Os cientistas descobriram muitos vestígios no sangue de pacientes com mutações genéticas que levam ao Alzheimer 10 anos antes de qualquer sintoma começar a se manifestar.

Há também relação entre a proteína e a memória: enquanto os níveis de NfL crescem, a parte do cérebro responsável pela memória começa a afinar.

Apesar de ser um passo importante para detectar a presença da enfermidade com antecedência, os pacientes com a alteração genética representam apenas 1% dos que possuem Alzheimer – porém, desenvolvem a doença em uma janela de tempo previsível e se encaixavam bem no estudo.

Segundo o pesquisador James Pickett, da Sociedade de Alzheimer, muitas outras condições podem aumentar os nível de NfL, como esclerose múltipla e traumas no cérebro, mas ainda não está claro como a medida funcionaria em pessoas com diversas doenças. Mesmo assim, em entrevista ao jornal inglês The Guardian, Pickett afirma que a descoberta é relevante. “Qualquer progresso que possamos fazer para detectar com mais rapidez e certeza quem tem Alzheimer é muito bem-vindo”, diz.

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