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Exame de DNA para a pele ajuda a tratar doenças e prevenir envelhecimento

Testes genéticos específicos detectam pré-disposição a doenças como dermatite atópica e acne, além de amenizar ou mesmo reverter rugas

atualizado

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Racismo nos cuidados com a pele
1 de 1 Racismo nos cuidados com a pele - Foto: Getty Images

Quem tem o hábito de aceitar dicas de cremes ou cosméticos pode ter percebido que, nem sempre, o que dá certo para outras pessoas funciona para a sua pele. A explicação para isso pode estar na genética. Os exames de DNA para investigar a fundo características cutâneas são, hoje, uma das formas mais certeiras para descobrir não só quais produtos terão os melhores efeitos, mas também qual seria a dosagem ideal.

O teste genético tem o intuito de personalizar ao máximo o tratamento do paciente, de acordo com o geneticista Marcelo Sady. Por meio da saliva, os exames analisam o DNA da pele para encontrar pré-disposições a problemas como acne, fotoenvelhecimento e rugas. A análise também pode indicar o nível de sensibilidade da pele e ajudar a detectar e a tratar doenças como dermatite atópica, psoríase e rosácea, entre muitas outras.

Marcelo Sady explica que o exame funciona como tantos outros testes de DNA. Primeiro, o paciente recebe um kit para colar o material genético. “Com um cotonete grande, a pessoa coleta o material no interior da boca, passando este cotonete de um lado para o outro das bochechas”, descreve. Em seguida, o material coletado é inserido em um tubo com líquido conservante, onde o DNA pode ser mantido por até 30 dias.

O paciente, então, envia o kit para laboratórios especializados, que extraem e isolam as células de DNA. “A partir daí, pode-se realizar qualquer tipo de exame genético, inclusive os testes para avaliar a saúde da pele”, detalha Sady. Atualmente, o geneticista estima que existem pelo menos cinco laboratórios brasileiros que realizam os exames de DNA da pele.

Após identificar diversas variantes genéticas associadas a doenças cutâneas ou problemas causados pelo envelhecimento da pele, os profissionais trabalham com ativos orais ou tópicos para ajustar a expressão dos genes, o que pode inclusive reverter a formação de rugas, segundo Marcelo Sady.

“A vantagem é que os exames fazem com que seja possível uma abordagem mais precisa para a rotina de cuidados com a pele de cada um, com produtos e tratamentos específicos para oferecer o que o tecido cutâneo mais necessita”, reforça a dermatologista Paola Pomerantzeff, que integra a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

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