Evite o contágio: tabela mostra risco de pegar Covid-19 em cada ambiente
O levantamento foi feito nos Estados Unidos e está sujeito a mudanças regionais, mas, segundo infectologista, situação é parecida no Brasil
atualizado
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O que é mais perigoso, pedir delivery ou andar de bicicleta? Andar de avião ou abraçar um amigo? Em tempos de coronavírus, é preciso fazer escolhas conscientes para evitar ser contaminado ou acabar passando o vírus para outras pessoas sem saber. Para ajudar a população nesta missão contra a Covid-19, pesquisadores da Associação Médica do Texas, nos Estados Unidos, fizeram uma tabela de risco.
Os especialistas alertam que todos os itens na lista aparecem levando-se em consideração que a pessoa está mantendo um distanciamento de dois metros, usando máscara e higienizando as mãos com frequência.
Foram levados em consideração critérios como tempo de exposição ao vírus, possibilidade de manter as medidas de prevenção e se a atividade é realizada em área aberta ou fechada. Abastecer o carro ou fazer compras no supermercado aparecem com risco baixo e baixo-moderado, enquanto frequentar a academia ou ir a um bar são considerados de risco alto.
Os responsáveis pelo estudo alertam que podem existir diferenças regionais, e que a tabela é mais um conjunto de orientações do que uma regra em si.
O infectologista Alberto Chebabo, do Laboratório Exame, explica que, em geral, a contaminação depende muito do ambiente em que se está, da capacidade de aglomeração e do comportamento das pessoas envolvidas.
“Se for uma praia cheia, como vimos neste fim de semana, é muito pior do que ir ao shopping, e os dois locais que aparecem com a mesmo risco na tabela.” Ele diz que nos Estados Unidos, onde foi feito o levantamento, os shoppings geralmente são ao ar livre, e as praias nunca estão apinhadas de gente, como acontece com frequência no Brasil.
“Os mercados lá também são grandes e amplos, e aqui, em alguns lugares, os estabelecimentos são pequenos e apertados, e a possibilidade de aglomeração é maior”, afirma.
Em geral, o infectologista ensina que locais fechados, com pouca circulação de ar, muita gente, e onde as pessoas estão falando ou cantando, são os mais perigosos — e quanto mais alta a voz, mais partículas são eliminadas pela boca. Igrejas e bares, que aparecem com nível mais alto de risco, são perigosos em qualquer lugar, por exemplo.
Veja, abaixo, a tabela criada pelos especialistas americanos: