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EUA manipula vírus da Covid em laboratório e cria cepa mais letal

Pesquisadores da Universidade de Boston estão em meio a uma polêmica por terem inventado nova versão do Sars-CoV-2

atualizado

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pesquisa em laboratório
1 de 1 pesquisa em laboratório - Foto: Reptile8488/GettyImages

Cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, estão sendo criticados por especialistas e infectologistas por terem desenvolvido uma cepa mais letal do vírus Sars-CoV-2 em laboratório. Para os críticos, os pesquisadores podem causar uma nova pandemia, com ainda mais mortes, caso o vírus saia do ambiente laboratorial.

De acordo com o Daily Mail, a equipe de Boston formou um vírus híbrido, combinando a variante Ômicron com a variante originária de Wuhan. Testada em cobaias, a nova cepa chegou a matar 80% dos ratos infectados com o novo vírus.

Shmuel Shapira, um dos principais cientistas do governo israelense, se pronunciou contra a prática de criação e manipulação de vírus letais. “Isso deveria ser proibido. É como brincar com fogo”, afirmou.

A manipulação proposital dos vírus com o objetivo de estudá-los e torná-los mais infecciosos ou letais é tida como sendo uma das possíveis causas para o início da epidemia de Covid-19. Um laboratório próximo a Wuhan, cidade onde os primeiros casos de Covid foram registrados, estudava os efeitos do coronavírus em morcegos quando os primeiros casos em humanos apareceram.

Nos Estados Unidos, a prática de manipulação de vírus para estudos é restrita desde 2017. A Universidade de Boston respondeu que a pesquisa conta com aprovação do Comitê Institucional de Biossegurança dos Estados Unidos e da Comissão de Saúde de Boston.

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